Os números mostram que o sistema público já gastou mais de R$ 160 milhões desde 2015 e a tendência é aumentar
De acordo com um levantamento da Kaya Mind, o SUS (Sistema Único de Saúde) gastou R$ 41 milhões com o fornecimento de cannabis medicinal no primeiro semestre de 2023. E a projeção é que este número dobre até o final do ano.
No ano passado, os gastos chegaram a pouco mais de R$53 milhões, o que mostra que houve um aumento considerável. Durante o primeiro semestre de 2023, o país já gastou 77% de todo o montante direcionado para essas demandas no ano anterior.
Se seguir esse padrão, o esperado é um aumento de 54%, ou seja, até o final do ano o governo pode gastar mais de R$40 milhões com produtos à base de cannabis.
Sem contar que os dados são apenas de 23 estados e não inclui o Acre, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, o Piauí, Distrito Federal, Pernambuco, Amapá, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe e Roraima.
Na maioria das vezes, quem paga a conta são os estados e municípios por meio de novas leis. Ou então, por meio de ações judiciais, onde a região precisa retirar esse valor do orçamento anual direcionado à saúde.
As regiões que mais gastaram com processos para o custeamento neste ano foram o sudeste, com uma despesa de mais de R$20 milhões, seguida do sul do país, com quase R$15 milhões.
Já o norte e o centro-oeste tiveram os menores custos, com um gasto de R$200 mil e R$1,1 milhão respectivamente. A União também teve que desembolsar cerca de R$1 milhão para custear o tratamento de pacientes que entraram na justiça.
Desde 2015, quando a importação passou a acontecer no Brasil, são mais de 165 milhões de reais de despesas com a cannabis.
Atualmente há duas propostas de lei para colocar a cannabis na lista de produtos distribuídos pelo SUS, um pela Câmara dos Deputados e o outro pelo Senado. Ambas aguardam discussões para irem para a votação.
Em 2021 a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) até avaliou a inclusão do Canabidiol da Prati-Donaduzzi na lista de produtos distribuídos pelo SUS, mas o parecer técnico descartou a opção.
Na época, o produto era o único disponível para a venda nas farmácias.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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