Startup que testa níveis de cannabis pode ajudar nos testes do COVID-19

Startup que testa níveis de cannabis pode ajudar nos testes do COVID-19

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Diante o número crescente de casos, morte e as incertezas sobre o COVID-19, pesquisadores do mundo inteiro buscam tudo o que possa ajudar a combater o vírus. Uma forma de tratamento, a produção de uma vacina, abaixar a letalidade, imunizar a população. Tudo é válido.

Pensando nisso, uma startup nos EUA, que começou a produzir equipamentos para testar CBD e cânhamo, está reformulando os seus aparelhos para testar amostras de COVID-19 em até cinco minutos. Isso pode garantir uma maior rapidez para detectar a doença, sem contar que a máquina pode ser reutilizada para vários testes.

A máquina originalmente não foi criada para uso médico. Ela testa níveis de CBD e THC direto nas plantas, mas se conseguir comprovar a eficácia nos exames de Coronavírus, poderá se adaptar em outros tipos de testes e ajudar no combate de outras doenças.

Novas alternativas de teste para coronavírus
Na tentativa de combater o coronavírus, a empresa busca facilitar o diagnóstico.

Como é feito o teste

O teste da Startup é diferente, ele não precisa do sangue do paciente e nem testa os anticorpos, mas detecta as proteínas virais. Ele é distinto de qualquer outro teste usado hoje, mas o CEO Steven Burden garante que é preciso e rápido.

Atualmente, o exame RT-PCR passa por um longo processo complexo, desde a coleta até chegar a confirmação, o que demora de dois a três dias. Hoje há uma enorme compra de testes, mas eles não são suficientes para suprir a fila de espera que existe. Para entender melhor, entenda o processo:

  •         A amostra do trato respiratório (que fica no nariz ou garganta) do paciente com suspeita, vai para o laboratório.;
  •         Lá ele é dividido em dois, onde uma parte é armazenada e outra vai para o processamento;
  •         Na etapa conhecida como “extração”, todo o material genético da amostra é separado e limpo;
  •         Depois disso é que se busca o material genético do Coronavírus dentro da amostra, que também é ampliada e analisada com mais detalhes.

Sem contar com a contraprova, caso o teste dê positivo, deve ser feito outro exame por uma instituição diferente. Hoje, ele é feito apenas em pacientes graves, devido a enorme quantidade de pessoas com suspeita que surgem todos os dias e a demora para o resultado.

Desafios

Ainda há vários desafios que precisam ser enfrentados para que as máquinas da startup deem certo. Um deles é o financiamento, para que mais equipamentos sejam produzidos. Sem contar que seria necessário testes clínicos, para saber se a máquina realmente funciona para o teste de COVID-19.

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