São Paulo é o estado que mais importa cannabis medicinal no Brasil

São Paulo é o estado que mais importa cannabis medicinal no Brasil

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Os moradores de São Paulo somam quase 40% de todos os pedidos de importação dos últimos cinco anos.

De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Indústria de Canabinoides (BRCann), São Paulo é o estado com mais pessoas importando cannabis medicinal em números absolutos.

Somando 37,5% de todas as mais de 41 mil solicitações do país, é seguido por Rio de Janeiro (17,8%) e Minas Gerais (7,5%).   Segundo o diretor executivo da entidade, Tarso Araújo, a concentração é fruto de um acesso maior à cannabis no estado.

Segundo a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), menos de 1% dos profissionais do país prescrevem cannabis medicinal. E a maioria deles estão em São Paulo e Rio de Janeiro. 

Imagem: iStock

O estado também é o que mais apresenta cursos, estudos e iniciativas sobre o assunto.

Frente parlamentar

Apesar de São Paulo não ter uma lei sobre o assunto, os parlamentares do estado parecem engajados na causa. Tanto que deputados paulistas de 12 partidos diferentes chegaram a criar uma frente parlamentar para discutir um projeto de lei sobre a cannabis.

Ainda neste ano, o grupo coordenado pelo deputado Sérgio Victor (Novo), solicitou uma licença para cultivar cannabis em pequena escala, o objetivo do experimento é medir a arrecadação com impostos da produção de remédios, além do impacto social de uma produção de cannabis.

Apenas em números absolutos

Apesar da maior concentração de pacientes em São Paulo, os números mudam quando mudamos a perspectiva.

O distrito federal, por exemplo, fica na frente com 35 habitantes para cada 100 mil pessoas. O número é quase três vezes maior que a média brasileira de 9 pacientes para cada 100 mil habitantes.

A primeira paciente a obter a autorização de importação, por exemplo, Anne Fischer, é de Brasília. Até hoje, a menina é um símbolo na luta pelo acesso à cannabis medicinal.

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