Embora a comissão técnica do estado preveja um valor de R$30 milhões por ano, representantes do setor estimam um gasto três vezes maior
Representantes calculam um gasto de R$100 milhões com CBD por ano em SP
Foto: Freepik
Na primeira quinzena do mês de março aconteceu a primeira reunião do comitê formado em São Paulo para a implementação da nova lei sobre cannabis no SUS (Sistema Único de Saúde), que foi sancionada no começo do ano.
O comitê foi formado por 32 entidades para estudar a implementação e estabelecer diretrizes para a distribuição de produtos à base de cannabis no estado. A princípio, a análise técnica estimava um gasto de R$30 milhões por ano com os medicamentos.
Contudo, especialistas e representantes do setor consideram esse valor um pouco baixo, levando em consideração o valor elevado dos produtos. Por isso, preveem um gasto muito maior, que pode chegar a R$100 milhões por ano.
Antes da aprovação da lei, os pacientes que não podiam pagar pelo tratamento entravam com processos de judicialização para o fornecimento pelo estado. O problema é que São Paulo concentra o maior número de ações judiciais no país, com 37% dos processos.
De acordo com um requerimento de informação obtido pelo ex-deputado estadual Sérgio Victor no ano passado, os gastos com judicialização de produtos à base de cannabis no estado ultrapassaram R$38 milhões de reais em um intervalo de três anos.
Os dados são de janeiro de 2019 até outubro de 2021 e mostram um aumento expressivo. Para se ter uma ideia, só em 2021 foram quase R$20 milhões, um crescimento de 455% em comparação a 2019.
De acordo com o documento, em processos de judicialização, não há um orçamento específico para custear os produtos, pois as demandas judiciais “têm caráter de obrigação de atendimento pela Secretaria de Saúde”.
Ou seja, o valor é suprido pelo orçamento anual da saúde do estado, que pode até mesmo ser readequado para atender as demandas judiciais. Isso quer dizer que há a possibilidade de tirar de um lugar para por em outro.
Agora, com a nova lei, o governo de São Paulo terá um orçamento próprio para o fornecimento de produtos à base de cannabis no SUS. Mas isso não quer dizer mais verba federal, mas sim, um planejamento de gastos da saúde que incluiu os produtos derivados da cannabis.
Menos 1% dos médicos com CRM ativo prescrevem cannabis como para seus pacientes, enquanto 50% da população adulta poderia utilizar a cannabis no seu tratamento. Por isso, não perca tempo e comece a prescrever!
O curso Cannabis Medicinal do Zero é feito para que você tenha segurança para prescrever em 2 meses ou menos. Além das vídeo-aulas, você contará com o material de apoio interativo para baixar e usar na sua prática clínica. Clique aqui
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
A indústria de cannabis na Califórnia ameaçada por incêndios
Ações de cannabis caem com tarifas de Trump ao Canadá
Abicann quer fortalecer a cannabis na América do Sul
Goiás disponibiliza R$730 mil para estudos com cannabis
Governo de São Paulo veta lei sobre produção de cannabis
UFRN desenvolve tijolo com resíduos de cannabis
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso