O território estava prestes a liberar a erva, mas um pedido do governo britânico mudou o rumo da história.
A região das Bermudas, um conjunto de ilhas localizadas no Oceano Atlântico, recebeu uma instrução do Reino Unido para não legalizar a cannabis no seu território.
A notícia divulgada pelo portal Royal Gazette conta que a governadora Rena Lalgie recebeu o pedido do governo britânico, o que não foi bem aceito pela classe política local.
A lei de licenciamento da cannabis, proposta pelo Partido Trabalhista Progressista, foi reservada para a aprovação em maio deste ano e tinha a expectativa de ser aprovada neste mês.
O posicionamento tomado pela Grã-Bretanha pode estabelecer uma crise entre os dois lugares. David Burt, primeiro-ministro de Bermudas, disse no ano passado que se a “aprovação real” não fosse dada ao projeto, as relações com o país europeu seriam destruídas.
Como justificativa, representantes do Reino Unido afirmam que o processo precisa de mais etapas e que ainda não está pronto para ser aprovado.
“Uma vez que um projeto de lei tenha concluído todas as etapas parlamentares em ambas as Câmaras, está pronto para receber a liberação”, afirma o parlamento britânico.
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A medida tomada pelo Reino Unido surpreende, justamente, por ser um local forte no mercado canábico.
Um relatório publicado pela Associação para Indústria de Canabinoides (ACI) e pelo Centro de Cannabis Medicinal (CMC), denominado de Green Shoots, constatou que a região europeia tinha o segundo maior mercado de CBD (Canabidiol) do mundo.
A crescente do uso medicinal no país é alta. Como comparativo, entre 2019 e 2021, o setor valorizou em cerca de 390 milhões de euros, o que caracterizou o maior índice conseguido até então.
‘’Quase sem aviso prévio e certamente mais por acidente do que pelo projeto, o Reino Unido se tornou o segundo maior mercado consumidor de canabinóides do mundo’’, concluiu Paul Birth, co-fundador das empresas responsáveis pela pesquisa.
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Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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