O mercado da cannabis já é uma realidade no Brasil e não só no âmbito medicinal, que já movimenta milhões no país e atende milhares de pacientes. Mesmo a indústria ilegal do uso recreativo gera uma mobilização relevante no país, com inúmeros usuários e trabalhadores no setor, ainda que na clandestinidade, e que já entendem o potencial da planta para esse fim.
Em 2015, a Anvisa deu o primeiro passo em direção da regulamentação do uso medicinal da cannabis e, com a pressão de famílias de pacientes, continuou avançando significativamente em relação a essa pauta. Hoje, os brasileiros podem ter acesso a medicamentos à base da planta de três diferentes formas: via importação, farmácias e associações, ainda que existam outras maneiras mais burocráticas.
Com as flexibilizações, o número de produtos disponíveis no país vem crescendo, bem como as marcas que atuam nesse mercado em território nacional. Mas, o que mais impressiona, são os dados que representam a quantidade de pacientes medicinais hoje.
Enquanto em 2019, por volta de 2 mil autorizações de importação iniciais foram solicitadas, em 2022, esse valor subiu para aproximadamente 47 mil – 2250% de aumento. No total, desde as mudanças regulatórias da Anvisa, cerca de 89 mil autorizações de importação válidas foram concedidas, sendo que esse resultado ainda exclui os pacientes que realizam o tratamento via farmácias e associações.
Essa informação escancara a importância e o potencial do mercado legal da cannabis medicinal no Brasil, já que vem beneficiando inúmeras pessoas com condições médicas que podem ser tratadas com a planta, atraindo empresas e investidores para o país, e, assim, gerando uma movimentação econômica relevante.
O mesmo, no entanto, poderia acontecer com o mercado de uso adulto se ele fosse regulamentado. Mesmo na ilegalidade, já é possível prever o tamanho que essa indústria teria no Brasil: no 3º Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas Pela População Brasileira, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2017, 7,7% de brasileiros afirmaram que já utilizaram maconha, haxixe ou skunk uma vez, o que corresponde a por volta de 16 milhões de brasileiros.
Esse número, no entanto, deve ser ainda maior, de acordo com outras pesquisas e fatores a serem levados em consideração. O levantamento realizado pelo Senado é um deles, pois mostrou como o preconceito ainda é um empecilho para as pessoas admitirem que usam ou já usaram maconha: 78% afirmam conhecer alguém que já utilizaram a erva, enquanto apenas 7% dizem ter utilizado. Isso significa que as pessoas preferem mentir ou omitir o fato de usarem maconha em pesquisas.
Ainda, a partir de um estudo realizado pela Kaya Mind na Marcha da Maconha, viu-se que o uso adulto, mesmo ilegal, é mais comum do que o uso medicinal no Brasil. Segundo a pesquisa, 2492 responderam que consomem maconha no geral, enquanto 453 afirmaram que utilizam a planta como paciente terapêutico.
Considerando o crescimento vertiginoso do uso medicinal, que ainda nem é tão acessível para a população, a quantidade de usuários já existentes mesmo com o uso adulto proibido e as inúmeras possibilidades a serem exploradas nesse mercado, não é difícil imaginar quantas vantagens o país obteria se houvesse uma regulamentação em três níveis (medicinal, recreativo e industrial). A Kaya Mind estimou R$ 26,1 bilhões movimentados, bem como mais de 300 mil empregos a serem criados e muitas pessoas que foram prejudicadas pela guerra às drogas poderiam ser incluídas em políticas públicas de reparação social. Pode-se dizer, portanto, que o avanço é real, mas o potencial é maior ainda.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e inclusive, indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um médico prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
Kaya Mind
A Kaya Mind é a primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos. A startup tem o propósito de ajudar empresas, empreendedores e investidores a diminuir a distância entre a informação e a ação para os agentes que querem trabalhar com a indústria de cannabis e seus derivados.
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