Enquanto o cultivo de cannabis é discutido no plenário, famílias e pacientes não podem esperar. Por isso, várias associações e coletivos têm se desdobrado para garantir o acesso ao remédio e até ao habeas corpus, que dá o direito de plantar de forma legal.
Um deles é o projeto Mães e Mulheres Jardineiras (MMJ), que auxilia mães e mulheres de baixa renda a terem autonomia para fabricar o seu medicamento ou dos seus filhos, além de capacitá-las para ajudar outras mulheres.
O projeto fez tanto sucesso nesse primeiro ano, que ganhou destaque nacional. Resultando no primeiro prêmio Troféu Carlini de Solidariedade.
Ele foi idealizado pela médica psiquiatra Eliane Nunes, diretora da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (SBEC) em maio do ano passado.
A iniciativa rendeu frutos já no primeiro mês, com o primeiro habeas corpus de cultivo para uma mãe jardineira, que se tornou uma espécie de “Madrinha” e tem a missão de ajudar outras mais.
Se trata de mulheres ajudando outras mulheres. A coordenadora das mães do grupo, Emília Giovannini conta que conseguiu o salvo-conduto de plantio para o seu filho Ítalo, que tem Transtorno Espectro Autista (TEA) em junho de 2020.
“Consegui através do projeto, e é através dele que acabamos ajudando umas às outras. (…) O conhecimento é algo que ninguém rouba de você e te faz crescer. Para conseguir o óleo você precisa desse conhecimento, pois cada mãe precisa saber extrato o óleo de uma planta que a sua patologia precisa,pois não é qualquer planta que é adequada para você.” diz.
Um ano depois, 8 mulheres já conseguiram o HC com o apoio do projeto e três estão recorrendo. Atualmente já são 40 mães e madrinhas, sem contar com 25 voluntárias.
Além do curso de cultivo, o projeto Mães Mulheres Jardineiras também promove lives com as Madrinhas que já possuem o salvo-conduto, que compartilharam as suas experiências.
Por meio das lives, o MMJ também busca saber quais são as dúvidas dos pacientes, para preparar um material completo.
Neste sábado, a live será em comemoração a um ano do projeto. Além do depoimento de cinco madrinhas, vão participar os fundadores da AHC-RJ (Associação Humanitária Canábica) e a banda Mato Seco.
Mais informações aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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