A Câmara Municipal de Curitiba (CMC), no Paraná, colocou em pauta um Projeto de Lei para a utilização de medicamentos tanto nacionais quanto importados à base de cannabis.
Caso seja aprovado, pacientes de baixa renda poderão receber produtos de forma gratuita pelo município. Protocolado no dia 09 de julho, o projeto ainda aguarda um parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para votação em plenário.
“Há mais maturidade hoje sobre o assunto, inclusive pelo tema ter crescido em repercussão. O uso medicinal do canabidiol chegou até mim pela minha representação das pessoas com deficiência. Muitas estão fazendo uso do CBD (canabidiol) e relatando benefícios”, disse o vereador Pier Petruzziello (PTB), autor da iniciativa ao jornal Tribuna do Paraná.
Caso passe pela votação em plenário, a última etapa para virar lei é a sanção do prefeito Rafael Greca de Macedo (Democratas).
Outro projeto semelhante é discutido também na Câmara Municipal de Curitiba. Feito pela vereadora Maria Letícia (PV), ele também visa a conscientização do uso medicinal da cannabis.
Essa não é a primeira proposta de distribuição no estado. Em junho, a CCJ da Assembleia Legislativa do estado começou a discutir o projeto de lei 961/2019.
Assim como em Curitiba, a pauta pretende garantir o acesso não só de medicamentos à base de Canabidiol (CBD), mas também de tetrahidrocanabinol (THC) industrializados ou artesanais, mas desde que sejam feitos por associações autorizadas a produzir.
O projeto vai funcionar a partir de convênios do poder público com instituições sem fins lucrativos. Eles irão promover debates, fóruns, campanhas, simpósios e até congressos para que a população conheça os benefícios da cannabis.
O texto ainda garante a distribuição de remédios ou produtos à base da planta para um grupo de pessoas que atendam a requisitos básicos, como prescrição médica e laudo do paciente.
Contudo, a pauta ainda exige uma declaração médica de que há uma comprovação científica da eficácia do óleo para tratar a condição.
O Distrito Federal e a Paraíba também aprovaram projetos sobre o incentivo à pesquisa. Outra proposta que ainda está em discussão no estado do Rio é para a cidade de Niterói. Ela pretende auxiliar o acesso a famílias também pelo SUS.
Em Goiânia uma nova lei possibilitou o fornecimento de óleos através do SUS do município. Essa foi a primeira lei sobre a distribuição pelo sistema público. Salvador, na Bahia, também colocou em pauta a distribuição da cannabis pelo sistema público.
Outra proposta para o fornecimento de medicamentos derivados da cannabis foi apresentada em Florianópolis, que ainda pretende acrescentar a manipulação dos extratos da planta pelas farmácias vivas do SUS.
A nível nacional, há duas propostas sendo discutidas. O projeto de lei 399/15 foi aprovado na Comissão Especial da Cannabis e já pode seguir para o Senado. Há também a possível incorporação do Canabidiol da Prati-Donaduzzi no sistema público. A empresa foi a primeira a conseguir o direito de produção no país.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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