Pontos de venda de CBD se multiplicam na França 

Pontos de venda de CBD se multiplicam na França 

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Os estabelecimentos que vendem canabidiol estão se multiplicando rapidamente na França, este é o primeiro sinal de que o setor pode passar por um grande avanço nos próximos meses.

A quantidade de lojas CBD cresceu rapidamente de 30 para cerca de 300 no início de 2021, de acordo com o jornal Le Monde. O número tem crescido todos os dias à medida que os empresários lutam para abrir lojas de varejo. 

Os corretores imobiliários afirmam que a demanda por locações é forte nas principais cidades do país. 

“Das 100 ligações que recebemos por dia, cerca de 10 a 15 são de pessoas que procuram sites comerciais para a CBD em Paris”, disse Kevin Uzan, da agência imobiliária Commerce Immo, em Paris, ao Le Monde.

Impacto por trás da evolução

Isso passou a acontecer na França depois que a Comissão Europeia decidiu no mês passado que o canabidiol não é uma droga. 

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJCE) decidiu que o canabidiol não pode ser considerado narcótico e que os produtos de canabidiol devem ter os mesmos direitos de livre circulação de mercadorias entre os Estados-Membros que outros produtos legais. 

Enquanto muitas lojas de CBD, pontos de venda orgânicos, alimentos saudáveis ​​e outros varejistas especializados oferecem o canabidiol em toda a Europa seu status legal ainda não está tão claro nos estados membros e no nível da UE.

De acordo com a LeMonde, em 2018 a colheita e o uso de flores de cânhamo foram proibidos na França, eliminando qualquer produção nacional. Isso reduziu o número de lojas de cânhamo no país.

Os vendedores franceses de canabidiol, assim como aqueles em outros países da UE, sofreram sérios problemas com a aplicação da lei em relação ao canabinoides, pois o composto ficou indefinido pela União Europeia até novembro de 2020.

Seria cedo demais para uma especulação?

Pelo fato das leis da França e de outros estados membros da UE precisarem agora se adaptar para refletir a decisão do ECJ, as empresas de cânhamo estão de olho em posições estratégicas na agricultura e no processamento, e podem surgir marcas francesas de CBD.

Porém muitas coisas ainda vão demorar para se resolver, disse Haïle Selassé Tefari, da Le Canebier, um consórcio no sul da França com foco em óleos essenciais de cânhamo orgânico.

“Vamos com calma, ainda é muito cedo para especular sobre o que vai acontecer no curto prazo”, disse ele, alertando que as empresas ainda correm o risco de problemas como apreensão de carregamentos e safras por autoridades mal informadas.

 “Sem dúvidas, o governo precisa se inspirar melhor em sua abordagem da lei após o caso do TJCE e as decisões da Comissão Europeia”, acrescentou Tafari.

Durante um manifesto lançado no início deste ano, o Sindicato incentivou o desenvolvimento do setor francês do cânhamo, principalmente liberando a flor. Também por meio da exploração da semente de cânhamo como alimento natural e expandindo o uso da fibra na indústria da construção, em bioplásticos , têxteis e como fonte de energia alternativa.

De longe, a  França é o maior produtor de cânhamo da Europa. A economia da planta no país tem se baseado tradicionalmente na produção de sementes certificadas para plantio, produção de grãos para alimentos e fibra usada na indústria de papel e construção.

Referências

  • hemp today

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