Pacientes com SII que usam cannabis passam menos tempo no hospital, diz estudo

Pacientes com SII que usam cannabis passam menos tempo no hospital, diz estudo

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Conforme o avanço nas descobertas sobre os benefícios da cannabis em tratamentos de doenças, o impacto no meio hospitalar tem crescido.

Os resultados do estudo mostram que pacientes com síndrome do intestino irritável (SII) que têm um histórico de uso de cannabis, passaram menos tempo no hospital e tiveram custos menores com os serviços hospitalares.

Um relatório sobre a pesquisa, “Associação entre uso de cannabis e utilização de serviços de saúde em pacientes com SII”, foi publicado no mês passado na revista Cereus.

Para conduzir o estudo, os pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Rush e do Hospital John H. Stroger Jr. do Condado de Cook, em Chicago, fizeram uma revisão dos dados de hospitalização de mais de 9 mil pacientes em um período de 4 anos que tiveram um diagnóstico de SII.

Consumidores e pessoas que não consumem cannabis foram comparados, para que fosse possível obter vários resultados químicos.

“O objetivo deste estudo é avaliar o impacto do uso de cannabis no tempo de internação e na utilização de recursos para pacientes com diagnóstico primário de SII”, escreveram os autores.

Em 2013, um outro  estudo separado, revelou que um número grande de pacientes com doenças inflamatórias intestinais, incluindo colite ulcerosa e doença de Crohn, essas pessoas usavam cannabis e mais de 16% disseram que ajudou muito no alivio das dores abdominais, náuseas e diarreia.

Os resultados do levantamento mostram que pacientes com síndrome do intestino irritável, mas que têm histórico de uso da cannabis, passaram menos tempo no hospital, além de utilizar menos os cuidados de saúde hospitalar e custos associados.

“Descobrimos que o uso da cannabis está associado a um menor uso de procedimentos endoscópicos, menor tempo de internação e menor custode hospitalização”. segundos os responsáveis pelo estudo.

Os pesquisadores descobriram que os 246 pacientes que consumiam a cannabis tiveram uma estadia média mais curta no hospital (2,8 dias comparados a 3,6 dias dos que não consumiam) e eram menos propensos a ter certos procedimentos médicos associados aos diagnósticos e tratamento de SII.

“Nossa pesquisa é a primeira em todo o país a avaliar a associação entre uso da planta e a utilização de serviços de saúde em pacientes com SII”, eles escreveram.

 

Custos mais baixos com serviços hospitalares

Essa redução pode causar uma diferença de mais de  US $ 3.000 a menos para consumidores de cannabis, comparados a pacientes que não consomem.

“Nosso estudo fornece evidências para sugerir que o uso de cannabis pode diminuir a utilização e os custos da saúde entre pacientes hospitalizados com SII”, concluíram os pesquisadores. “Essas descobertas provavelmente tem ligação aos efeitos do composto da planta, chamado THC, que age na região gastrointestinal e no cólon”.

No entanto, os pesquisadores perceberam várias limitações do estudo, incluindo a falta de dados sobre a gravidade da doença de cada paciente e os procedimentos terapêuticos que foram usados enquanto eles estavam no hospital.

O estudo também revelou que não havia informações sobre a dosagem e o método de ingestão de cannabis, e recomendou que sejam feitas mais pesquisas sobre o efeito da cannabis nos pacientes com SII e o seu poder para uso terapêutico.

“O papel da cannabis no tratamento da SII pode causar um impacto significativo no nível individual e populacional, sobre o peso do SII na qualidade de vida e nos gastos com saúde”, disseram eles.

Como podemos observar acima, os benefícios da cannabis além de serem eficazes para o tratamento da condição em si, por consequência, pode ser econômico e ajudar muitas pessoas, porém , muitos estudos a respeito precisam ser feitos.

Referência:

  • Hightimes 

Tags:

Artigos relacionados

Relacionadas