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Os rumos da cannabis medicinal no Brasil este ano



06/05/2020



Depois da autorização da venda de produtos nas farmácias, a indústria de cannabis ficou mais otimista em relação ao país e já começou a investir

Uma empresa canadense fechou parceria com a brasileira Prati Donaduzzi, que foi autorizada a vender um produto de cannabis no Brasil. A parceria aconteceu depois que a medida da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), permitindo a venda de produtos à base de cannabis, entrar em vigor no começo de março.

 A Brains Bioceutical Corp, que já abastece CBD na Europa, agora também vai fornecer material para a empresa brasileira. Ela ressaltou que tem o aval para fabricar ingredientes de grau farmacêutico, uma vez que o Canadá e os Estados Unidos são conhecidos por fornecer suplementos e outros tipos de produtos à base de cannabis, que tem regulação diferente.

As novas medidas estão cada vez mais abrindo espaço para uma legislação de cannabis no país.

O produto não chega a ser um medicamento, será considerado um fitofarmacêutico. Isso porque a ANVISA declarou que os testes clínicos e estudos científicos são insuficientes para virar medicamento. O produto à base de canabidiol (CBD) tem um prazo de cinco anos, depois disso, deve apresentar testes clínicos e se tornar um medicamento.

No país, só é permitido um remédio à base de cannabis, o Metatyl foi aprovado em 2017 e precisa ser importado com autorização judicial.

Treinamento sobre cannabis

O país é visto de fora como um potencial mercado da planta, e muitos estão interessados nisso. De acordo com o DataSenado, 87% da população do país conhece os benefícios da planta e 75% aprovam a produção medicinal, mas isso não parece ser o suficiente.

Por isso, uma empresa colombiana decidiu dar um pequeno salto no Brasil. Através de uma parceria com a distribuidora de produtos médico hospitalares Medlive, vai atuar em mais de 3 mil consultórios, clínicas, hospitais e centros médicos públicos e privados que a brasileira gerencia, para ensinar sobre a cannabis.

A proposta é desenvolver atividades de educação médica, marketing e vendas nas unidades, a fim de treinar os profissionais sobre os benefícios e ajudá-los a prescrever cannabis. A previsão é para começar já no terceiro trimestre deste ano.

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.