Os avanços da canabis na dermatologia

As pesquisas com cannabis medicinal na dermatologia estão explorando novos métodos no tratamento de várias condições da pele. Atualmente, planta faz parte de um grande número de estudos e grupos interessados em estudá-la.

Isso porque a cannabis contém ômega 3, 5 e 9, ácidos graxos e vitaminas, e suas moléculas penetram facilmente na pele, oferecendo propriedades hidratantes, nutricionais e terapêuticas.

A pele possui um sistema chamado Sistema Endocanabinoide, que regula a produção de hormônios, proteínas, citocinas, lipídeos e canabinoides, influenciando a homeostase da pele e o processo inflamatório.

Dessa forma, dois tipos de receptores canabinoides são encontrados na pele: o receptor CB1, que regula a liberação de neurotransmissores, e o CB2, que modula a liberação de citocinas.

A afinidade desses receptores por moléculas canabinoides impacta a diferenciação epidermal e o desenvolvimento da pele. Além de influenciar o envelhecimento e o crescimento de novas células.

Condições possíveis de serem tratadas com a cannabis

A Universidade do Colorado investiga o uso da Cannabis Medicinal no tratamento da psoríase e eczema. A interação da Cannabis com receptores canabinoides na pele pode reduzir a dor, inflamação e coceira em várias condições cutâneas. Os canabinoides CBD, CBG e CBN são os principais responsáveis por essa ação.

Isso porque estudos demonstraram que essas doenças podem resultar de um desequilíbrio no Sistema Endocanabinoide. A desregulação do sistema imunológico cutâneo causa proliferação e queratinização das células epidérmicas.

Pesquisas publicadas pelo Journal of Life and Environmental Science, por exemplo, sugerem que canabinoides e seus receptores podem ajudar a controlar a produção de células cutâneas imaturas.

Os investigadores ainda acreditam que a cannabis medicinal pode ser útil no tratamento de condições envolvendo queratinócitos, como a cicatrização de feridas.

Tópicos de cannabis

Para você entender melhor, a modulação do Sistema Endocanabinoide ocorre através de endocanabinoides produzidos pelo corpo (como a anandamida e o 2-AG) e fitocanabinoides presentes na natureza (como o CBD e o THC).

Por isso, um estudo investigou o efeito de uma pomada de CBD em vinte pacientes, cinco com psoríase, cinco com dermatite atópica e dez com cicatrizes. Os resultados mostraram melhorias significativas nos parâmetros da pele, sintomas e pontuação do índice PASI (mede a gravidade da psoríase).

A administração tópica da pomada de CBD sem THC é uma alternativa segura e eficaz para melhorar a qualidade de vida em pacientes com distúrbios dermatológicos, especialmente de origem inflamatória.

Futuro promissor

As enfermidades estudadas na dermatologia incluem acne, câncer de pele, dermatose bolhosa, psoríase, calvície-alopecia, hirsutismo, dermatite, eczema, escleroderma, dor e prurido.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a Avon até anunciou uma coleção de produtos à base de canabidiol com efeitos terapêuticos reconhecidos pela comunidade científica. A empresa lançou cremes hidratantes para o rosto destinados a ajudar a aliviar irritação, reduzir vermelhidão e relaxar a pele.

Em resumo, os avanços na dermatologia com o uso da cannabis medicinal representam uma promessa significativa para o tratamento de diversas condições cutâneas.

A interação dos canabinoides com o Sistema Endocanabinoide da pele demonstra um potencial terapêutico notável, oferecendo alívio para sintomas como dor, inflamação e prurido. Por isso, estudos contínuos e o desenvolvimento de novos produtos à base de canabidiol, como a coleção recentemente.

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