O Transtorno Bipolar faz com que a pessoa experimente, momentos de mania e depressão. Essa condição é indesejada por todos, desde os que a possui até para os que estão ao redor.
Muitos pacientes começam a ter transtorno bipolar aproximadamente aos 25 anos, embora adolescentes e crianças também possam desenvolver a condição, obviamente é mais recorrente com os adultos. No total, 2,6% da população dos EUA tem transtorno bipolar.
Dependendo do tipo de pessoa, os sintomas podem aumentar gradativamente. Em geral, eles se resumem a problemas no sono, sensação de agitação, pensamento rápido, padrões rápidos de fala e comportamento de risco.
Outros podem sentir falta de energia para atividade comum do dia a dia, sentimentos de infelicidade, falta de concentração, perder o apetite e até mesmo se tornar agressivos.
As crises são caracterizadas por variações acentuadas do humor, e podem ser leve, moderadas ou graves. Elas podem durar dias, meses e até anos.
Já se ela está em uma crise depressiva, além do sentimento de tristeza e desespero, a pessoa também pode sentir:
Melissa Vitale, uma administradora em uma empresa de publicidade de cannabis com sede em Nova York, depois de grandes lutas contra suas próprias emoções, ela foi diagnosticada com transtorno bipolar.
“Meu humor incontrolável fazia eu me sentir como se eu estivesse no topo do mundo. Eu era a criança mais feliz e mais prestativa. Quando meu humor começou a mudar, eu senti uma enorme parede de emoção que me impediu de ver direito. Eu estava fervendo de raiva e querendo socar, chutar, bater ou insultar qualquer um que estivesse dizendo que eu não estava bem ”
Aos doze anos, ela começou a praticar automutilação, então ela percebeu que poderia estar com transtorno bipolar ou algo do tipo.
Existem milhões de pessoas ao redor do mundo lidando sozinha com essa situação e os médicos estão sempre tentando encontrar a maneira correta de tratamento que possa ajudar uma pessoa.
Jeff Allen é um paciente de 27 anos de Cannabis de Ontário, Canadá. Ele foi diagnosticado com transtorno bipolar e começou a usar cannabis dois anos depois, aos 20 anos.
O artista de teatro musical disse que seus sintomas eram tão graves que ele não conseguiu interagir em público por quase dois anos.
Em uma resposta por escrito, Allen disse que o uso de cannabis salvou sua vida e mudou seu mundo.
“Nos extremos, alto ou baixo, é como se meu cérebro fosse um carro e o pedal do acelerador estivesse sendo empurrado para o chão. Depois de medicar, é como se aquele pedal saísse do chão e trouxesse meu cérebro de volta ao limite de velocidade. ”
Outro caso real é do advogado e paciente Mickey Nulf, que começou a usar cannabis logo aos 11 anos, mas não foi diagnosticado com transtorno bipolar até 13 anos depois.
Dito isto, o jovem de 29 anos parece que sabia algo sobre si mesmo muito antes do diagnóstico. “Sinto que, mesmo quando jovem, estava usando cannabis para ajudar em algo, mas não entendi direito”.
Nulf explicou que, por muitos anos, seu uso seria em conjunto com medicamentos farmacêuticos prescritos. No entanto, ele optaria por consumir apenas cannabis no diagnóstico.
“Eu escolhi continuar usando cannabis porque as pílulas sempre foram soluções temporárias ou entorpecentes, onde a cannabis me permitiu experimentar a vida. Pela primeira vez. Eu sou mais feliz no geral. Meus mergulhos não são tão baixos, e meus altos não são tão assustadores. Sou capaz de regular e aproveitar o que está ao meu redor, em vez de deixar o mundo passar por mim. ”
De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, a ativação dos receptores canabinoides pode ajudar a estabilizar o humor.
Os receptores ajudam a regular a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do organismo. Embora produzidos pelo próprio corpo, a cannabis também possui canabinoides que podem ativar os receptores.
O estudo ainda precisa de mais investigações. Contudo, sabe-se que o Canabidiol (CBD) têm efeitos positivos na redução dos sintomas da depressão.
O sistema endocanabinoide pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervoso e processos motivacionais das pessoas.
Na depressão, há uma baixa de canabinoides no cérebro, como a serotonina ou a dopamina.
Apesar de ser neurotransmissores, eles também são considerados canabinoides. Por isso, remédios ou uma reposição do composto pode elevar os níveis das substâncias químicas.
Como podemos ver, alguns recorrem à Cannabis, mas geralmente isso é feito ilegalmente.
O transtorno bipolar não é considerado comum para os programas de cannabis medicinal dos estados, mas muitas pessoas que vivem com o problema insiste em usar Cannabis em seu tratamento.
Outros sugerem que o uso da cannabis não é um método viável.
Um estudo feito pela Universidade de Washington em junho de 2017 sobre os efeitos da cannabis na saúde mental declarou que “o uso da cannabis para tratamentos causam transtornos marcantes principalmente envolvendo aqueles com bipolaridade em comparação com os que não a possuem”
A análise observou e afirmou o contrário, seu estudo encontro associações adversas.
”Referente aos distúrbios bipolares, o uso ou transtorno causado pelo uso da cannabis, na verdade, se associa a episódios mais graves como sintomas psicóticos, tentativas de suicídio, pior funcionamento global e aumento na incapacidade. Pacientes bipolares que param de usar cannabis durante o episódio maniacos, tem resultados clínicos e funcionais semelhantes aos que nunca usam cannabis.”
Apesar das sugestões de algumas áreas médicas, muitas pessoas se voltaram para o uso da cannabis de qualquer maneira.
Em alguns casos, as pessoas começaram a usar cannabis para tratar os sintomas que não descobririam ser transtorno bipolar até muito mais tarde. Em outros, os pacientes recorreram à cannabis como opção médica quando foram diagnosticados.
O ideal é procurar falar com profissionais médicos antes de tomar suas próprias decisões.
Parece que a cannabis só ajuda, se for controlada. De acordo com um relatório da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina (ANC), há evidências moderadas de que o uso da maconha aumenta os sintomas de mania e hipomania em pacientes com transtorno bipolar e que usam a erva regularmente.
E o problema não é só a maconha. De acordo cum outro estudo publicado na revista científica Comprehensive Psychiatry, pacientes com esquizofrenia ou transtorno bipolar, possuem o pior prognóstico se forem fumantes.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Referências:
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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