Antes de ser eleito, Gustavo Petro ressaltou ser a favor da legalização da maconha. Mas o que dá para imaginar do seu mandato? Confira.
No dia 19 de junho deste ano, o economista Gustavo Petro foi eleito presidente da Colômbia com 50,47% dos votos, contra 47,31% do empresário Rodolfo Hernandez, o seu concorrente no segundo turno.
Essa foi a primeira vez em que um candidato da esquerda assumiu a governança do país. Nas últimas duas décadas, somente nomes ligados ao ex-presidente Álvaro Uribe haviam sido vitoriosos.
No começo do mês, a Cannalize mostrou o posicionamento de ambos os políticos sobre a legalização da cannabis na Colômbia. Agora, com as votações definidas, o que esperar desse novo mandato?
Candidato à presidência em outras duas oportunidades, Gustavo Petro, de 62 anos, é o principal líder da esquerda colombiana.
Ele ficou conhecido por ser um ex-combatente do grupo guerrilheiro M-19 (Movimento 19 de Abril), que atuou no país nas décadas de 1970 e 1980.
Ainda nessa época, aos 21 anos, Petro iniciou a sua carreira política, no cargo de vereador. Posteriormente, foi senador e prefeito de Bogotá, capital do país sul-americano.
O novo presidente se define como um “esquerdista progressista” e tem projetos para mudar o modelo econômico atual, implementar medidas sobre a igualdade de gênero, adaptar o sistema das forças de segurança e colocar em prática uma reforma tributária.
Gustavo também tem propostas que envolvem a cannabis. Para ele, a guerra às drogas fracassou, portanto é necessário rever os conceitos sobre as substâncias e avançar para um cenário que atenda ao mundo atual.
Em seu plano de governo, ele garantiu que irá impulsionar a cadeia de valor da cannabis no decorrer do mandato.
“O país precisa avançar para um novo paradigma que combine as vontades globais e latino-americanas, em direção a uma agenda internacional baseada nos direitos humanos e na construção da paz”, afirma o presidente.
Além disso, Petro também quer implementar um comércio internacional da erva, e foca em ajudar os pequenos produtores.
“A produção de cannabis e derivados terá um marco legal que privilegia as licenças e apoio técnico comercial às famílias produtoras, garantindo que os pequenos proprietários e cooperativas participem deste mercado”, conclui.
Desde a década de 1970, a legislação colombiana é bastante rígida em relação às drogas, devido aos conflitos com o narcotráfico.
Porém, o cenário começou a mudar a partir de 2012, quando o país descriminalizou o porte de até 20 gramas de cannabis.
Já em 2016, foi permitido o cultivo, a fabricação, a importação e a exportação da erva para fins medicinais, desde que haja uma licença fornecida pelo governo.
Atualmente, a Colômbia está entre os locais que mais produzem a planta no setor. Segundo dados da New Frontier Data, publicados em 2020, a indústria canábica atraiu mais de US$500 milhões para o país.
Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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