No começo da crise, as cidades de São Francisco na Califórnia e Denver no Colorado, já haviam até anunciado o fechamento dos dispensários por causa do COVID-19. O medo do fechamento fez a vendas na cidade do Colorado aumentarem 120%, mas os lojistas de todos o país mudaram de ideia quando viram o aumento da demanda.
A maioria dos 33 estados americanos onde a cannabis e legalizada classificaram o mercado como essencial, por isso as lojas estão funcionando normalmente. Na ultima década, os comércios de maconha têm sido vistos pela população do mesmo jeito das farmácias, o que mostrou uma mudança na percepção cultural sobre a planta.
Apesar da venda nos estados, a cannabis não é legalizada a nível federal. O que deixou o mercado fora do pacote de estímulo ao comércio, aprovado com cerca de 2,2 trilhões de dólares para conter a economia no período da pandemia.
A exclusão deixou muita gente insatisfeita, uma vez que o negócio de cannabis gerou 15 bilhões de dólares no ano passado e empregou cerca de 340 mil trabalhadores. Apesar do lucro, sem uma estabilidade econômica e com um destino incerto, o mercado de cannabis pode ficar comprometido também. O que prejudica não só consumidores da cannabis recreativa, mas também pessoas que dependem da cannabis medicinal.
No Brasil, a comercialização ainda não é muito acessível. Após a autorização da ANVISA ter entrado em vigor no começo de março, uma empresa brasileira já começou a sua produção no Paraguai com o foco em vender no Brasil. Toda cannabis consumida aqui deve ser importada, pois não é permitido o cultivo, o que custa caro.
No entanto, há uma proposta de lei na câmara para a plantação com fins medicinais. A iniciativa visa baratear os custos de produção e também poder disponibilizá-los no SUS.
Até que a empresa brasileira comece a comercializar cannabis ou a proposta de lei seja aprovada, a compra só pode ser feita em farmácias ou importar diretamente. Lembrando que os produtos à base de cannabis só podem ser vendidos com a prescrição médica.
O país está começando a andar no mercado de cannabis, se a indústria americana for abalada, as consequências podem chegar a muitos brasileiros que dependem da erva para o uso medicinal.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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