O crescimento pode estar relacionado ao uso terapêutico da planta para tratar sintomas de condições que aparecem após os 65 anos
De acordo com dados da Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde (National Survey of Drug Use and Health), realizada pelo governo dos Estados Unidos, mais de 7% dos americanos acima dos 65 anos consumiam maconha em 2021.
Um aumento considerável, se levar em consideração que, em 2012 o número não passava de 1,4% do público idoso.
Segundo a professora e chefe das áreas de geriatria, gerontologia e cuidados paliativos da Universidade da Califórnia em San Diego, Alison Moore em entrevista ao American Medical Association, há três razões para este crescimento.
A primeira delas está na legalização. Embora a cannabis seja proibida a nível federal, vários estados norte-americanos possuem uma lei específica sobre o uso adulto, medicinal ou ambos.
Outra razão apontada pela geriatra é o perfil da geração idosa atual, caracterizada como “mais permissiva” em relação ao uso de substâncias, também conhecida como geração “Baby Boomers”.
Já o terceiro motivo está relacionado ao uso terapêutico da cannabis. Parece que os mais velhos estão utilizando a planta para tratar sintomas que os tratamentos convencionais não conseguem controlar, como Parkinson, dores crônicas, insônia e até Alzheimer.
A Cannabis Regulatory Commission, por exemplo, comissão que regula o consumo de maconha no estado de Nova Jersey, informou que até setembro havia quase 100 mil pacientes que consumiram cannabis de forma medicinal, sejam eles velhos ou não.
Outra pesquisa publicada em 2020 pelo Jama Internal Medicine, feita em todos os estados dos EUA, mostrou ainda o perfil do público 65+ que consomem cannabis: A maioria mulheres, brancas e casadas.
Em uma live Cannalize feita com o neurocientista e professor do Instituto do Cérebro Sidarta Ribeiro, a cannabis se mostra muito mais para velhos do que para jovens.
“Claro que uma criança que faz o uso para epilepsia, vai ser importante para a sua condição específica. Mas para uma pessoa saudável, que não tem nenhuma condição médica que necessite de um tratamento canábico, não vai se beneficiar de cannabis durante a infância e a adolescência”, acrescentou.
E ele explica a razão: Ao contrário do que muitos pensam, a cannabis não mata neurônios, mas produz novos e também novas conexões sinápticas.
“A terceira idade pode e deve se beneficiar dessa reposição porque o Sistema Endocanabinoide, pois ele começa a decair depois de um tempo. Uma cognição que não era tão boa aos 20,30, pode não ser tão boa aos 60, 70.”, acrescenta.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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