Pacientes canábicos crescem 130%, mas há desigualdade

De acordo com o novo anuário da Kaya Mind, o número de pessoas que utilizam a cannabis como tratamento cresceu exponencialmente, mas os pacientes ainda estão concentrados em grandes capitais

De acordo com um levantamento feito pela Kaya Mind,cerca de 430 mil pessoas fazem tratamentos com a cannabis no Brasil. O número é mais que o dobro do ano passado, quando a quantidade de pacientes não chegava a 200 mil. 

Com informações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), parece que a maioria prefere importar, com 219 mil pacientes optando por produtos de fora, obtidos por meio de empresas ou importadoras.

O número é seguido pelas associações, com 114 mil pacientes que obtêm os produtos por entidades que cultivam e extraem o óleo em várias cidades brasileiras.

O relatório também mostrou que a compra nas farmácias também cresceu. Atualmente, 97 mil pacientes procuram medicamentos à base de cannabis direto nas drogarias. 

Distribuição desigual

Embora o número de pacientes tenha crescido, a distribuição ainda é desigual. A pesquisa mostrou que há pacientes em todos os estados brasileiros, mas a maioria está concentrada em áreas próximas às grandes capitais e centros econômicos. 

O levantamento ainda evidencia que, pelo menos, 66% das cidades brasileiras possuem pelo menos um paciente canábico, mas o número de prescritores é três vezes menor.

Para se ter uma ideia, o estado de São Paulo retem 39% dos médicos prescritores, enquanto o número é escasso em outros estados como o Tocantins (0,1%), Alagoas (0,2%), Roraima (0,2%) e o Acre, que não tem nenhum. 

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