Apesar das mudanças terem dado o que falar, palavras como cannabis e maconha ainda são censuradas pela empresa
Foto: Reprodução/YouTube
Esta semana, a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e Threads, anunciou mudanças significativas em suas políticas de moderação de conteúdo, alterações que causaram polêmica em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, onde a legalização da cannabis sativa para uso medicinal e recreativo avança em vários estados.
Basicamente, a empresa mudou a checagem de fatos para um modelo de “notas da comunidade”, onde os usuários sinalizam tipo de conteúdo questionável em vez de depender de verificadores de fatos de terceiros.
“Então, continuaremos a concentrar esses sistemas no combate a violações ilegais e de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil, outras substâncias, fraudes e golpes”, disse o CEO Mark Zuckerberg, que deu a entender que está interessado em trabalhar com o presidente eleito Donald Trump, depois de tê-lo banido de suas plataformas.
“Muito conteúdo inofensivo é censurado, muitas pessoas se encontram injustamente trancadas na ‘prisão do Facebook’, e frequentemente somos muito lentos para responder quando isso acontece”, disse Zuckerberg, referindo-se aos sistemas automatizados que escaneiam violações de políticas, mas podem cometer erros.
“Queremos consertar isso e retornar a esse compromisso fundamental com a liberdade de expressão. Hoje, estamos fazendo algumas mudanças para permanecermos fiéis a esse ideal.”
Então por que a cannabis é tratada como violação grave?
Para aqueles na comunidade da cannabis, sejam pacientes de cannabis medicinal ou defensores da indústria e veículos de notícias, o anúncio parece deixar suas preocupações sem resposta. Apesar dessas mudanças, a Meta continua bloqueando buscas por termos como “maconha”, “cannabis” e até mesmo “canabidiol CBD“. Pesquisas por organizações como a Massachusetts Cannabis Control Commission, Marijuana Policy Project ou Marijuana Moment não produzem resultados.
Em vez disso, os usuários encontram a seguinte notificação: “Se você vir a venda de drogas, denuncie.”
Essa abordagem persiste mesmo quando muitos estados nos Estados Unidos legalizaram a maconha, prejudicando empresas, defensores e criadores de conteúdo que tiveram suas contas suspensas ou restritas. A declaração da Meta sobre atividades ilegais sugere essencialmente que não houve nenhuma mudança em sua postura em relação à cannabis, que aparentemente foi registrada em sua lista de “violações de alta gravidade, como terrorismo, drogas, fraude e golpes”.
Sem mais informações sobre o tratamento da cannabis
A Meta não respondeu ao pedido de esclarecimento da Benzinga sobre se ou como as novas políticas impactariam seu tratamento de conteúdo relacionado à cannabis. Por enquanto, a comunidade da cannabis continua marginalizada, apesar da retórica da empresa sobre abraçar a liberdade de expressão e reduzir a censura.
É necessário destacar que, enquanto a Meta mantém essa postura, outras redes sociais adotam abordagens diferentes em relação ao tema. Plataformas como Twitter e TikTok permitem discussões mais abertas sobre o uso medicinal da cannabis e o canabidiol CBD, desde que não promovam a venda ilegal.
Cannabis é aprovada apenas para fins medicinais no Brasil
No Brasil, a cannabis só pode ser comprada com receita para uso medicinal. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes. Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a encontrar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect.
Redação
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