O Ministério Público entrou com um pedido de diligência conjunta entre a Secretaria de Saúde (Vigilância Sanitária) e a DISE (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) para vistoriar e lacrar a sede da Associação Flor da Vida em São Paulo.
A associação canábica já ingressou com processo para a regularização de suas atividades, ação conhecida pelas autoridades locais. Mesmo assim, o novo pedido feito nos últimos dias pode interromper as atividades da entidade.
Atualmente, mais de mil associados dependem do óleo extraído da cannabis para continuar o tratamento. Isso sem contar com a fila de espera, que possui o dobro de pessoas.
Consequentemente, a falta abrupta do remédio pode ocasionar a volta de dores, desconfortos, convulsões e até a regressão dos avanços já alcançados pelos pacientes.
Atualmente há dezenas de associações canábicas no Brasil. Contudo, apenas a associação Abrace Esperança tem autorização para o plantio, obtido em 2017. Ainda assim, a entidade quase perdeu o direito em março deste ano, quando deixou de cumprir algumas exigências.
No entanto, foi estabelecido um acordo temporário para que a entidade se regulamentasse, mas não deixasse de fornecer o remédio.
Ficou acordado, ainda, que a Abrace pudesse retomar suas atividades enquanto providencia as devidas regularizações.
Além dela, há também outra entidade que possui o chamado habeas corpus coletivo, que garante o cultivo para um número determinado de pacientes. A Cultive, também de São Paulo, obteve o direito na justiça em fevereiro.
A Flor da Vida e várias outras associações brasileiras praticam a desobediência civil pacífica quando cultiva, manipula, e extrai o óleo de Cannabis para a elaboração do remédio e pesquisa.
A justificativa do ato ilegal é garantir o direito à saúde assegurado pela Constituição Federal.
Atualmente a associação conta com a sede, onde é produzido o óleo e realizado o acolhimento dos pacientes e também com o Núcleo Social. Lá é oferecido gratuitamente tratamento multidisciplinar para famílias carentes, como tratamento psicológico, fisioterapia, terapia ocupacional, nutricionista, enfermeira e transporte.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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