Um novo levantamento descobriu um comportamento curioso de moradores da Austrália, que apesar da liberação para fins medicinais, recorrem à ilegalidade.
(Com informações da Hightimes)
A Lambert University, localizada em Sydney, na Austrália, realizou uma pesquisa para investigar diversos comportamentos dos australianos em relação à cannabis. E um dado chamou a atenção: a preferência pelo mercado alternativo.
O que surpreende ainda mais é a finalidade desse consumo. Mesmo com a legalização para o uso médico desde 2016, os habitantes do país continuam recorrendo às compras ilícitas para tratar doenças e distúrbios.
O levantamento é o terceiro da classe “Cannabis as a Medicine Survey”. Apesar da expectativa ser uma quantidade maior, os índices de procura por receitas legais para a utilização da cannabis medicinal cresceram, isso em relação com a última análise, feita em 2019.
Através de questionários anônimos com 1.600 pacientes, todos com pelo menos 18 anos de idade, foi constatado que 37,6% dos voluntários têm uma prescrição legal para a planta, 2,5% maior do que a pesquisa anterior.
Além disso, o estudo ainda analisou o tipo de consumidor de cada mercado.
No lícito, a maioria se enquadra em um grupo de pessoas mais velhas, mulheres e menos propensas a serem empregadas.
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Durante a pesquisa, os entrevistados destacaram, principalmente, a acessibilidade como o principal motivo para procurar o mercado alternativo.
O modelo atual e os preços do processo são alvo das maiores reclamações dos australianos. O custo médio de um tratamento com a cannabis no país chega a US$ 79 por semana, o que dificulta a busca de uma grande parcela da população.
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Se tratar com a cannabis por meio do mercado ilícito é perigoso. Além da falta de um acompanhamento médico, que ajudaria na escolha da dose e produto ideal para cada caso, o paciente também está sujeito a encontrar uma erva de qualidade duvidosa, que pode causar prejuízos ao corpo humano e afetar os resultados.
O estudo faz questão de ressaltar a importância de reverter esse cenário, que pode gerar até uma impressão errada sobre o uso terapêutico da planta.
“Deve haver mais esforços para fazer a transição de pacientes australianos que usam produtos ilícitos para compostos de cannabis regulamentados e de qualidade controlada”, afirma Iain McGregor, diretor acadêmico da universidade e um dos responsáveis pela pesquisa, em comunicado para a imprensa.
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Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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