Conhecido como Abril Azul, o mês do autismo é uma ótima oportunidade para entender melhor algumas curiosidades sobre o transtorno
Mês do autismo 5 questões que você precisa saber
No mês do autismo, é importante lembrar que o número de diagnósticos de TEA (Transtorno de Espectro Autista) cresceu de forma considerável. Se em 2000 era registrado um caso a cada 150 crianças, em 2020, esse número cresceu para um caso a cada 36.
Os dados são do CDC (Centers for Diease Control Prevention), um órgão dos Estados Unidos. Contudo, o número de diagnósticos também cresceu em outras partes do mundo. Inclusive no Brasil.
Há algumas hipóteses para este aumento, como o maior acesso da população aos serviços de diagnóstico, o crescimento de profissionais capazes de detectar o transtorno e até a compreensão maior da população sobre autismo.
Mas ainda assim, várias perguntas ainda persistem quando falamos sobre o assunto. Por isso, no mês do autismo, selecionamos cinco curiosidades sobre autismo para você entender melhor.
Antes de tudo, é importante ressaltar que um profissional que entende sobre TEA, como neurologistas, pediatras, psicólogos e psiquiatras, precisa fazer o diagnóstico.
No entanto, alguns sinais também podem ser vistos pelos pais e adultos ao redor, como por exemplo:
Sinais que podem ser percebidos antes mesmo que a criança complete um ano de idade. Contudo, a necessidade de apoio é maior quando a criança passa dos dois anos.
Caso os sinais sejam perceptíveis, é recomendável procurar um profissional para um possível diagnóstico, o nível de suporte do transtorno (que varia de 1 a 3) e quais são as formas de tratamento.
No mês do autismo, é importante esclarecer algumas coisas. Embora apresentem sintomas semelhantes, o autismo e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) são condições diferentes.
As principais diferenças estão relacionadas ao campo de dificuldade. Enquanto crianças com TDAH, por exemplo, não tem foco e são desorganizadas, crianças autistas costumam ser focadas em coisas específicas e não ter nenhum interesse em algo que as desagrade.
Crianças com déficit de atenção também costumam ser impulsivas e gostam de socializar. Enquanto aquelas com autismo, costumam ter dificuldades em compreender as interações sociais.
Por outro lado, há estimativas que mostram que 14% das crianças com TDAH também podem ter o espectro autista e até 80% de pessoas com TEA também apresentar déficit de atenção.
Atualmente, pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental severa ou profunda e com o espectro autista, podem pedir isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a compra de um carro a cada três anos.
Contudo, muitos pais autistas também têm curiosidades para saber se também podem pedir isenção.
Mês do autismo 5 questões que você precisa saber (2)
A resposta é sim. Responsáveis por pessoas com TEA podem ter descontos sobre o IPI desde que o veículo seja adquirido em nome da pessoa com autismo. Contudo, o limite é por dois veículos por pessoa com deficiência e o valor do automóvel precisa ser de até R$70 mil.
O governo também pode garantir outras isenções, como ICMS, IPVA e IOF.
Por outro lado, o desconto do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) para pais de crianças autistas, só acontece em alguns estados. Dependendo do lugar, há a isenção ou o desconto parcial.
Mas novamente, é necessário que o carro esteja registrado no nome do paciente.
Antes, é importante ressaltar que o TEA não é uma doença, mas um transtorno neurológico que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Portanto, não há um remédio específico para “curar” o autismo.
No entanto, em alguns casos, medicamentos podem ser usados para controlar sintomas associados, como ansiedade, agressividade, hiperatividade, insônia ou transtornos coexistentes.
Eles também tratam comorbidades associadas, como ansiedade, depressão, epilepsia, distúrbios do sono e, claro, o TDAH.
O tratamento medicamentoso só alcança resultados efetivos quando combinado com terapias especializadas — fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicoterapia e abordagens comportamentais.
Mas nem toda pessoa com autismo precisa de remédios. Aliás, nenhuma medicação deve ser administrada sem acompanhamento de psiquiatra ou neurologista com expertise em autismo.
Sim!
No mês do autismo, é importante ressaltar os benefícios do CBD (canabidiol) no tratamento. De uma forma mais natural e efetiva, a cannabis tem o poder de aliviar os sintomas do transtorno, como irritabilidade, hiperatividade e impulsividade.
E o melhor: sem os efeitos colaterais que os medicamentos convencionais costumam ter.
Vários médicos já substituíram medicamentos bastante utilizados, como a Risperidona, pelo CBD. Sem contar que o óleo feito da planta, ainda pode atuar em outras comorbidades que o autista possa ter, como epilepsia, ansiedade e distúrbios do sono.
É possível comprar cannabis no Brasil, mas apenas para fins medicinais e com receita. Você pode adquirir através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Por isso, caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas. Além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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