Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 4% da população adulta mundial têm o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Só no Brasil, o transtorno atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas adultas
Você já ouviu falar sobre TDAH ou conhece alguém da sua família ou ciclo e amigos que possua essa condição? Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o significado dessas siglas e o que elas representam.
Basicamente, a sigla TDAH significa Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e é um transtorno com causas genéticas, ambientais e biológicas, que, geralmente, se manifesta na infância.
Além disso, entre as principais características dessa condição, estão a desatenção, impulsividade e a inquietude motora ou também conhecida como hiperatividade.
Embora esse transtorno se manifeste desde a infância, os sintomas podem aparecer com mais clareza durante o período escolar.
Isso porque, a criança passa a frequentar um novo ambiente de interação e raciocínio, e é a partir daí que as dificuldades se tornam mais evidentes.
Diferente do que muitas pessoas pensam, esse transtorno não se trata de mau funcionamento, mas sim de uma forma diferente de agir.
As conexões entre os neurônios (sinapses), se tornam menos efetivas levando aos circuitos cerebrais, respostas inadequadas a diferentes situações.
Especialmente naquilo que se chama de funções executivas, ou seja, na capacidade de operacionalizar as respostas adequadas ao estímulo.
Por exemplo, responder no momento apropriado, esperar a sua vez, impulsividade nos atos, capacidade de atenção e outros.
Sabe-se hoje que as chances de ter o TDAH é bem maior em filhos e familiares de pessoas com esse transtorno. Ou seja, a hereditariedade média do TDAH é estimada em 76%.
Além disso, estudos descobriram que 60% das crianças com o TDAH tinham um dos pais com o transtorno. Por isso, a probabilidade de uma criança ter o TDAH aumenta em até oito vezes se os pais também tiverem o problema.
Além disso, o risco de apresentar o transtorno é cinco vezes maior entre familiares de pessoas com TDAH do que em pessoas sem o transtorno na família.
Muitos estudos descobriram que o TDAH causa alterações no cérebro.
Ou seja, existem no cérebro das pessoas que sofrem desse transtorno, mudanças na região frontal e nas conexões com o resto do cérebro.
A região frontal é responsável por prestar atenção, organização, memória e autocontrole.
Estudos indicaram que o fato de a criança apresentar um peso baixo no nascimento (menos de 1.500 g) gera um risco de 2 a 3 vezes maior para o surgimento do TDAH embora a maioria das crianças que nascem com baixo peso, não desenvolva esse transtorno.
Além disso, outros fatores que podem causar o TDAH são: história de abuso infantil, negligência familiar, exposição a neurotoxinas como o chumbo, infecções e exposição ao álcool durante a gravidez.
A dúvida de muitos é se existe cura para esse transtorno.
O TDAH não tem cura, mas pode ter os seus sintomas reduzidos naturalmente no período da adolescência e idade adulta.
Mas, cerca de 50% das pessoas com o transtorno, continuam apresentando os sintomas durante toda a vida.
O tratamento na infância e adolescência para essa condição é multidisciplinar. Ou seja, conta com a ajuda de profissionais de várias áreas, como:
Por isso, é essencial entender as necessidades de cada caso para um tratamento adequado e eficaz.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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