Depois de várias “micro marchas” em alguns pontos de São Paulo, a tão esperada Marcha da Maconha Central foi realizada neste sábado (11) na Avenida Paulista e reuniu cerca de 100 mil pessoas, de acordo com os organizadores.
Com o tema Primavera Antifacista, a 14ª edição em São Paulo contou com a participação de um público bastante variado, desde jovens que pedem a legalização da maconha até mães que lutam por mais acesso ao uso medicinal para os seus filhos.
O evento também adotou um tom político e criticou o atual presidente Jair Bolsonaro. Com gritos de protestos e até adesivos, a marcha também pediu o fim do seu mandato.
O ponto de encontro foi às 14h20 no Museu de Arte de São Paulo (MASP). O público começou a aparecer bem antes, de modo que no horário marcado, as pessoas já estavam interditando parte da avenida que vai em direção ao centro.
Às 16h20 a Marcha da Maconha soltou a sua característica fumaça verde e começou a andar. O objetivo foi marchar por toda a Consolação e terminar o percurso na Praça da República.
O horário não é à toa, trata-se de um momento característico para os adeptos à cannabis.
O evento reuniu diversas entidades que defendem a cannabis. Como por exemplo, a Plataforma Brasileira de Política Sobre Drogas, a Coordenação Nacional de Entidades Negras e Movimento Antiproibicionista e associações medicinais, como a Cultive e Santa Cannabis.
Além de médicos, sociólogos, ativistas, empresários, portais segmentados, pacientes e familiares.
Havia até pessoas sem nenhum vínculo com instituições ou pais de pacientes, mas que foram para a marcha apenas porque acreditavam no propósito.
Como o empresário e a nutricionista Elza e Kleber Queiroz, que marcharam junto com a filha pequena pela legalização. “O uso recreativo também é medicinal, então eu sou a favor que liberem (…) tudo é uma coisa só, então vamos lutar para que liberem isso aí”, acrescentaram.
Uma das pautas bastante defendidas no evento, foi a legalização da maconha para combater a guerra às drogas.
Desde 2006, quando a lei antidrogas foi implementada, a população carcerária por porte de drogas cresceu de 31.520 para 207.487, de acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen).
O ato se solidarizou com familiares e amigos de mais de 20 mortos em uma operação na Penha, zona Norte do Rio de Janeiro, no mês passado.
“A Primavera Antifacista deseja dialogar com o esse crescente autoritarismo no Brasil. A guerra é genocida, mas também (o evento) é em memória não só de quem morreu na guerra às drogas, mas também de quem morreu em função do negacionismo durante a pandemia da COVID-19”, disse uma das organizadoras, Rebeca Lerer à Cannalize.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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