Em meados de 2013, o Uruguai fez história como o primeiro país do mundo a regulamentar não só a cannabis para o uso adulto, mas também a venda de produtos nas farmácias e produção em solo nacional.
Contudo, parece que a medida não foi suficiente para frear a produção e o mercado ilegal, que ainda continua a todo vapor.
Considerada uma tentativa fracassada de acabar com o narcotráfico, até agora, a regulamentação da cannabis no Uruguai alcançou menos de um terço dos consumidores regulares do país.
Segundo dados do portal Uruguay XXI, mesmo com esse cenário de ilegalidade, o setor está em crescimento.
Até o momento, o mercado legal já arrecadou cerca de US$ 20 mi para a economia uruguaia, que antes ficavam nas mãos dos narcotraficantes.
Só em 2020, as exportações dobraram em relação ao ano anterior, chegando a mais de US$ 7 milhões de lucros para os cofres públicos.
Os produtos vão para países como Estados Unidos, Suíça, Israel, Argentina e até para o Brasil. Porém, o Uruguai ainda exporta menos que outros concorrentes na América Latina, como o Chile, o Peru e a Colômbia, que chegam a faturar até US$ 59 milhões ao ano.
Parte disso está nas dificuldades que os cidadãos ainda enfrentam para obter a cannabis legal. Como a compra de produtos à base da planta para o uso medicinal, por exemplo.
Mesmo depois de nove anos de regulamentação, ainda há um número pequeno de farmácias habilitadas que disponibilizam o óleo em comparação com a alta demanda. Por isso, muitos ainda optam pelo mercado paralelo.
Assim como os clubes canábicos, que limitam a quantidade da planta para os frequentadores, o que diminui o número de interessados.
Por outro lado, a legalização impactou mais o narcotráfico que a repreensão policial ligado ao proibicionismo, explica Mercedes Ponce de León, diretora do Cannabis Business Hub ao portal O Globo.
Um dos objetivos do Uruguai com a legalização foi justamente frear a onda crescente de violência ligada aos crimes de drogas. Em 2018 o país comemorou uma queda de 18% dos crimes relacionados ao narcotráfico.
Embora, alguns estudiosos indiquem que os resultados são ambíguos. Outro levantamento divulgado pelo IRCAA (Instituto de Regulação e Controle da Cannabis) em 2019, por exemplo, registrou um aumento significativo na violência.
Na tentativa de atrair mais consumidores, o país aposta em novas medidas, como a venda de mais produtos com um nível maior de THC (Tetrahidrocanabinol). A substância é conhecida por provocar a ‘alta’ da maconha.
A expectativa é de que as flores e os produtos com mais THC passem a ser vendidos já no final deste ano.
“Há alguns usuários que demandam um maior percentual de THC e isso conspira contra a eficácia do sistema, porque determina que alguns usuários que poderiam comprar em farmácias busquem outras opções do mercado regulado ou no mercado paralelo”, diz Daniel Radío, secretário-geral da Junta Nacional de Drogas ao portal O Globo.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e inclusive, indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Com informações do portal O Globo
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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