Na última segunda-feira (28), a Associação Santa Cannabis tomou um susto ao ver que a conta no Instagram, com mais de 24 mil seguidores, havia saído do ar. A conta ficou desativada até ontem com a seguinte mensagem:
“Sua conta foi excluída por violar nossos termos. Não será mais possível fazer login na conta e ninguém mais poderá vê-la”.
Contudo, segundo o presidente da associação, Pedro Sabaciuskis, eles solicitaram a recuperação da conta, que ainda demorou 24 horas. Durante esse tempo, a entidade disponibilizou o contato do whatsapp para os pacientes.
O fato ocorreu depois de uma publicação sobre um fórum que a instituição está promovendo para o começo de julho, no Paraná.
O evento terá a participação de alguns deputados envolvidos no Projeto de Lei 399, que visa o cultivo de cannabis em solo nacional para fins medicinais e industriais. Como Luciano Ducci (PSB-PR), relator de um projeto e Paulo Teixeira (PT-PR) que foi presidente da comissão especial.
Pedro Sabaciuskis acredita que este tenha sido o motivo das denúncias à conta.
A proposta foi aprovada pela comissão na câmara dos deputados no começo do mês por um desempate feito pelo relator. A proposta tem causado polêmica, principalmente por políticos conservadores, que são terminantemente contrários.
Tanto, que mais de 100 deputados assinaram uma petição para que o projeto voltasse à discussão no plenário.Houve partido que até penalizou alguns membros por apoiar o projeto de lei.
Essa não é a primeira vez que redes sociais de instituições ou figuras públicas foram derrubadas por causa das suas posições sobre a cannabis.
Em março a Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal – Apepi, publicou um aviso no site e nas redes sociais, dizendo que a entidade havia sido banida do Whatsapp.
O número era usado para manter o contato com os associados e novos pacientes. A entidade usava o Whatsapp para atender mais de 500 pessoas.
No entanto, o contato foi banido por “promover a venda de drogas ilegais, recreativas e sujeitas a prescrição médica”.
Em setembro do ano passado, vários profissionais da área canábica também tiveram suas contas banidas, tanto pelo whatsapp quanto twitter, facebook, instagram e youtube.
Alguns deles, como a médica ortomolecular Janaína Barboza, por exemplo, não conseguiu recuperar o número no aplicativo.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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