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Frente da cannabis discute uso industrial em São Paulo



14/04/2022


O evento reuniu diversos nomes do mercado para entender quais são os melhores caminhos para o estado

Ontem (13), a Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis e Cânhamo Industrial, fez mais uma audiência pública para discutir os possíveis usos da cannabis, tanto para tratamento, quanto para o uso industrial em São Paulo.

O tema da quarta audiência foi focado na indústria canábica, em  entender quais são as dores dos empresários para uma possível lei para o estado.

Os convidados foram Carolina Selani, do Grupo de Trabalho e Insumos da Cannabis da Abiquifi, Martim Matos, CEO da farmacêutica GreenCare, Tarso Araújo, presidente da Diretoria-Executiva da Associação Brasileira de Canabinoides (BRCann) , Thereza Denes,Farmacêutica da DragaVet  e o Dr. José Almeida, CEO da NuNatures Labs.

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Foto: Cannalize

O evento foi conduzido pelo Coordenador da Frente Parlamentar, o deputado Sérgio Victor, (NOVO). 

Previsibilidade terapêutica 

O principal ponto discutido foi como a indústria é necessária para essa nova revolução verde. 

O médico José de Almeida, por exemplo, enfatizou a importância de produtos com níveis de canabinoides padronizados para dar mais segurança para o médico na hora de prescrever. “É necessário ter uma previsibilidade terapêutica, o médico precisa saber quais serão os efeitos”, ressaltou. 

A quantidade de canabinoides dos produtos podem variar de acordo com a forma em que a planta é cultivada. Por isso, produtos artesanais feitos com cannabis podem não ter quantidades exatas com os produtos farmacêuticos. 

O CEO da GreenCare ainda enfatizou que o mercado brasileiro precisa se direcionar ao farmacêutico. “Os Estados Unidos já faturam milhões, mas com uma lei bem bagunçada”, ressalta. 

Cultivo no Brasil

Houve também  quem defendesse o cultivo nacional, como Carolina Selani, que apresentou um estudo feito pela Abiquifi. Segundo o órgão, o Brasil economizaria de 30% a 40% no custo dos medicamentos ao fabricar insumos no Brasil.  

Atualmente, os produtos nacionais feitos com a erva disponíveis nas drogarias, custam de R$350,00 até RS2.500,00.

Por outro lado, Araújo alertou que esse é um processo bastante demorado, que pode levar, no mínimo, cinco anos. 

A próxima audiência ainda não tem data marcada, mas será voltado aos fatores jurídicos relacionados à possíveis leis sobre a planta.

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.