Como já sabemos, a cannabis não para de avançar no mercado, seja em forma de óleos, comestíveis e cosméticos. Mas dessa vez a erva passou a ser observada por uma empresa de cigarro.
Mesmo depois de muito tempo mantendo a distância da planta cannabis, Philip Morris,uma empresa internacional muito conhecida, principalmente por pessoas que fumam, fabricante dos cigarros Marlboro, atualmente começou a olhar mais de perto e de forma diferente para a erva.
Antes de tomar qualquer decisão, na última terça-feira, durante uma entrevista à Bloomberg News, André Calantzopoulos, CEO da empresa, disse que primeiramente serão analisados fatores importantes como a toxicidade, eficácia e diferenças da cannabis entre as opções farmacêuticas e de consumo.
O executivo disse também que a empresa ainda está estudando, devido o mercado ser muito novo e não haver uma regulamentação sólida.
Muitos sugerem uma possível transição para uma empresa que se manteve à margem do mercado de cannabis, mesmo com a entrada de outras empresas de cigarros.
No ano de 2018, por exemplo, a Altria Group, vendedora de cigarros Marlboros nos Estados Unidos, anunciou um investimento em uma produtora canadense de cannabis.
No início deste ano, a British American Tobacco, uma empresa multinacional britânica que fabrica e vende cigarros, comprou uma participação na Organigram Holdings (fornecedora e produtora de cannabis medicinal).
Em 2016, a Philip Morris até investiu em uma empresa israelense de cannabis medicinal, mas a aposta não estava diretamente relacionada a produtos de maconha.
O acordo tinha como objetivo garantir os direitos globais exclusivos de tecnologia para dosagem de alta precisão para produtos de tabaco sem fumaça e aplicações de nicotina, disse Corey Henry, porta-voz da Philip Morris.
Caso a Philip Morris opte pela cannabis, isso pode fazer parte de uma estratégia chamada “Além da Nicotina”. Criada pela empresa, inclui a adição de botânicos para expandir a oferta de produtos de risco reduzido com novos sabores como cravo, anis-estrelado ou camomila.
Além disso, também podem surgir produtos que ajudam a dormir, fornecem energia ou acalmam, disse a empresa em fevereiro deste ano.
Contudo, baseado nas informações que temos até agora, ainda não é possível afirmar algo com tanta precisão a respeito disso, afinal, tudo ainda está sob análise e estudo.
Mas já é um grande passo para a indústria da cannabis, saber que grandes marcas estão estudando o universo canábico e sua eficácia;
Referências
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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