Ao todo, serão recrutados 1 mil pacientes com tendência ou o diagnóstico de psicose na Europa e na América do Norte
Estudo clínico vai testar o CBD para o tratamento da psicose
Foto: Freepik
Cerca de 1 mil voluntários serão recrutados pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, para um novo estudo que vai avaliar a utilização da cannabis como tratamento e prevenção de psicose.
Segundo os pesquisadores, o estudo clínico duplo-cego não ficará apenas no Reino Unido, mas também vai se estender pela Europa e América do Norte, e vai selecionar tanto pacientes com tendência ou com o diagnóstico da condição.
A avaliação vai dividir os participantes em dois grupos, um receberá uma medicação do CBD (canabidiol) e o outro placebo. Contudo, para participar da pesquisa, será necessário se enquadrar em alguns requisitos, como:
“Muitas pessoas com psicose estão abertas a experimentar o canabidiol e estudos anteriores, de menor escala, indicaram que ele tem efeitos benéficos. Além de tratar a psicose já estabelecida, o estudo também investigará se o canabidiol pode prevenir o aparecimento de psicose em pessoas com alto risco de desenvolvê-la”, afirma Philip McGuire, professor de psiquiatria em Oxford e líder do estudo, em comunicado.
Atualmente, o tratamento principal para a condição são antipsicóticos, que, embora eficazes em boa parte dos casos, podem trazer efeitos colaterais significativos.
Felizmente a cannabis tem se destacado como uma opção mais natural. O CBD pode ter o poder de reajustar as atividades cerebrais, o que reduz os sintomas de esquizofrenia e bipolaridade.
Isso acontece porque o perfil farmacológico do canabidiol é semelhante a antipsicóticos. O que pode ser identificado em um exame de imagem de ressonância magnética, onde mostra que o canabidiol atua diretamente nas áreas relacionadas à psicose.
Sem contar que o CBD parece não produzir efeitos colaterais significativos, comparados às medicações para os distúrbios.
Os estudos não são novos, na verdade, são bem antigos. A primeira evidência antipsicótica do CBD apareceu em 1982, quando um estudo entre a interação do CBD e THC foi feito.
Um grupo de pessoas saudáveis ingeriu uma quantidade alta do tetraidrocanabinol e depois de canabidiol para saber se ele bloquearia a ansiedade causada pelo THC. O resultado não foi apenas o bloqueio dos efeitos da substância na ansiedade, mas também nos sintomas psicóticos.
Em 1995, uma paciente com esquizofrenia crônica, participou de um estudo para testar o CBD, depois de passar por vários efeitos adversos dos tratamentos convencionais. Foram apenas 4 semanas para os resultados começarem a aparecer.
De acordo com as avaliações usadas para medir o nível do distúrbio, os sintomas psicóticos diminuíram consideravelmente.
Contudo, as evidências ainda são limitadas.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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