Depois que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a importação vegetal de cannabis por empresas, a Ease Labs adquiriu uma farmoquímica de Minas Gerais para produzir os produtos à base da planta no país.
Segundo a empresa, o objetivo é verticalizar o processo de produção de produtos à base de cannabis. Por isso, somente os insumos mais brutos serão importados, a purificação e a fabricação serão feitas em solo brasileiro.
A matéria-prima que vem de fora não chega a ser a planta, mas uma espécie de cera. Ela é conhecida como Wax ou extração BHO (óleo de butano), trata-se de uma extração mais concentrada.
A Catedral, que já era especializada em processamento de fitoterápicos, agora terá a missão de produzir o óleo de cannabis, que segundo a Ease Labs, vai deixar o produto mais barato.
De acordo com o CEO da empresa, Gustavo Palhares, essa é uma forma de ter um controle maior da produção.
“Essa aquisição é estratégica para o grupo Ease Labs, pois permitirá maior controle na cadeia produtiva da cannabis, maior padronização, mais margem para a operação, além da geração de receita diversificada e do fornecimento de outros insumos para a fabricação de medicamentos fitoterápicos na Ease Labs Farmacêutica”, completa.
Com a compra, a empresa focada em cannabis, também vai expandir os negócios para outros tipos de fitoterápicos.
O acesso à cannabis medicinal no Brasil ainda enfrenta desafios, que esbarram em questões ligadas à informação e também ao preço. Mas, mesmo assim, o número de importações cresce a cada ano.
Só no ano passado, mais de 40 mil pessoas pediram a autorização da Anvisa para importar produtos à base de cannabis.
Por isso, a agência atualizou a RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 327 no final de junho, que permitiu não só a venda nas farmácias, mas também a importação do insumo vegetal por empresas.
A decisão foi baseada na própria RDC. O artigo 18, por exemplo, diz que apenas o plantio no Brasil é proibido. Assim, a nova norma determina que não será necessário importar o ingrediente ativo, mas poderá ser a própria matéria prima para fazer a formulação.
Por isso, a medida pode impactar diretamente no valor do produto final, pois as empresas do setor podem trazer matéria-prima de países vizinhos da América Latina, o que pode baratear todo o processo de importação, do preço até a logística.
De acordo com a empresa, foi isso que aconteceu. A medida serviu para a otimização operacional entre as duas empresas, o que também vai contribuir para a redução nos custos.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico que, inclusive, poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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