Cannabis: empresa vai importar insumo ‘mais bruto’ para fabricar produtos no Brasil

Cannabis: empresa vai importar insumo ‘mais bruto’ para fabricar produtos no Brasil

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

A Anvisa atualizou a legislação e permitiu a importação de insumos de cannabis para o país. Agora, empresas do setor podem importar o extrato da planta e fabricar no Brasil. 

Depois que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a importação vegetal de cannabis por empresas, a Ease Labs adquiriu uma farmoquímica de Minas Gerais para produzir os produtos à base da planta no país.

Segundo a empresa, o objetivo é verticalizar o processo de produção de produtos à base de cannabis. Por isso, somente os insumos mais brutos serão importados, a purificação e a fabricação serão feitas em solo brasileiro. 

A matéria-prima que vem de fora não chega a ser a planta, mas uma espécie de cera. Ela é conhecida como Wax ou extração BHO (óleo de butano), trata-se de uma extração mais concentrada.

A Catedral, que já era especializada em processamento de fitoterápicos, agora terá a missão de produzir o óleo de cannabis, que segundo a Ease Labs, vai deixar o produto mais barato.

Foto: Freepik

Leia também: O que você precisa entender sobre a autorização da Ease Labs

Acompanhar o processo de perto

De acordo com o CEO da empresa, Gustavo Palhares, essa é uma forma de ter um controle maior da produção. 

“Essa aquisição é estratégica para o grupo Ease Labs, pois permitirá maior controle na cadeia produtiva da cannabis, maior padronização, mais margem para a operação, além da geração de receita diversificada e do fornecimento de outros insumos para a fabricação de medicamentos fitoterápicos na Ease Labs Farmacêutica”, completa.

Com a compra, a empresa focada em cannabis, também vai expandir os negócios para outros tipos de fitoterápicos. 

Importação vegetal 

O acesso à cannabis medicinal no Brasil ainda enfrenta desafios, que esbarram em questões ligadas à informação e também ao preço. Mas, mesmo assim, o número de importações cresce a cada ano.

Só no ano passado, mais de 40 mil pessoas pediram a autorização da Anvisa para importar produtos à base de cannabis.

Por isso, a agência atualizou a RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 327 no final de junho, que permitiu não só a venda nas farmácias, mas também a importação do insumo vegetal por empresas. 

A decisão foi baseada na própria RDC. O artigo 18, por exemplo, diz que apenas o plantio no Brasil é proibido. Assim, a nova norma determina que não será necessário importar o ingrediente ativo, mas poderá ser a própria matéria prima para fazer a formulação.

Leia mais sobre isso: Anvisa atualiza a importação de cannabis que pode tornar os produtos mais baratos

Por isso, a medida pode impactar diretamente no valor do produto final, pois as empresas do setor podem trazer matéria-prima de países vizinhos da América Latina, o que pode baratear todo o processo de importação, do preço até a logística.

De acordo com a empresa, foi isso que aconteceu. A medida serviu para a otimização operacional entre as duas empresas, o que também vai contribuir para a redução nos custos.

Procure um médico

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico que, inclusive, poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a prescrição até a importação do produto. Clique aqui.

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