Quase três anos depois de ser preso, Mário Roberto Pereira foi solto em regime semiaberto. O pecuarista foi indiciado em dezembro de 2018 ao levar um frasco de óleo feito da planta para um paciente que não podia sair de casa.
Foi próximo a Porto Velho em Rondônia que a polícia rodoviária parou ele e a esposa, Fernanda Peixoto. Ao revistar o carro eles encontraram um óleo de 790 gramas, que seria para o paciente.
Por causa da prisão, o paciente que precisava do remédio morreu 40 dias depois do acontecimento. “Não posso afirmar que ele morreu por conta disso, mas a cannabis o ajudaria muito.”, disse Fernanda na época.
Foto: Arquivo Pessoal
Parte dos fundadores da associação canábica Maleli, de Marília, ele foi condenado a 8 anos de prisão em regime fechado por tráfico de drogas. Até o ano passado ele já tinha cumprido dois anos de pena com o trabalho na prisão.
O casal possui o famoso salvo-conduto, que dá o direito de plantar de forma legal, mas parece que isso não convenceu o juiz. Já contamos a história deles aqui.
A instituição ajuda cerca de 1,5 mil famílias que precisam do óleo de cannabis. Fernanda conta que até médicos os buscavam para buscar ajuda para receitar cannabis.
A família tentou recorrer da decisão, mas tudo o que conseguiram foi cumprir o resto da pena em liberdade. Ele ficou preso em diversos presídios e cumprir trabalhos de artesanato e cursos para reduzir a pena e ir para o regime semiaberto.
Contudo, o juiz ainda não decidiu se o pecuarista irá ficar em prisão domiciliar ou usar tornozeleira.
Quando uma pessoa é presa pela primeira vez, ela tem o direito ao chamado “tráfico privilegiado” que, dependendo da quantidade de drogas e o não envolvimento com criminosos, possibilita a redução da pena em até dois terços.
No entanto, a situação de Márcio foi bem mais complicada. Ele tinha o que chamamos de homônimo, ou seja, outra pessoa com o nome exatamente igual ao seu.
Este outro homem já tinha passagens pela polícia, por isso, o caso do pecuarista não foi julgado como réu primário.
Márcio estava preso na penitenciária de segurança máxima 603 de Porto Velho em Rondônia, e por causa do coronavírus, somente com a visita do advogado e cartas aos familiares.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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