A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) reabriu novamente a consulta pública sobre a incorporação do canabidiol da Prati-Donaduzzi no Sistema Único de Saúde (SUS).
O medicamento é o único aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aos padrões da Resolução 327, aprovada no ano passado.
Ele é recomendado para o tratamento de crianças e adolescentes com epilepsia refratária, que é resistente a medicamentos.
A consulta tinha sido aberta no dia 23 de fevereiro, e ficou no ar até o dia 15 deste mês. Contudo, segundo um comunicado da própria comissão, a pesquisa foi reaberta ontem (22) e ficará disponível até o dia 31 de março.
O motivo da abertura por mais 10 dias foi por conta de uma falha no formulário não especificada.
Contudo, a Conitec acrescentou que as contribuições feitas no primeiro formulário não foram desconsideradas.
Após a consulta pública, a Secretaria-Executiva da comissão irá avaliar as contribuições sobre o assunto para uma decisão final.
Resposta que pode ser a inclusão do produto, a exclusão ou a alteração da tecnologia analisada.
De acordo com o site da Conitec, não há restrições. Podem participar qualquer pessoa pública ou jurídica que se interesse pelo assunto.
O pedido de incorporação foi realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde (SCTIE/MS).
No entanto, a primeira análise do órgão foi concluída como não foi favorável, depois da 94ª Comissão do órgão no começo do mês.
Segundo a comissão no parecer técnico, “a certeza da evidência disponível de eficácia, efetividade e segurança do canabidiol em crianças e adolescentes com epilepsia refratária a medicamentos antiepilépticos ficou entre moderada e muito baixa, por ser indireta (ou seja, as pesquisas referem-se a outra população ou intervenção)”.
Ainda no documento, ela acrescenta que, apesar dos benefícios clínicos em relação aos custos, estimando os valores de 1,6 mil por crise evitada e 3,6 milhões por cada ano vivido em boa saúde, a baixa da evidência, o impacto orçamentário foi estimado em R$80 milhões ao ano.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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