Segundo a pesquisa, a venda de cannabis nas farmácias cresceu 27 vezes no Brasil. Isso sem contar com os pacientes que recorrem a importações ou associações
De acordo com um novo levantamento, a venda de cannabis nas farmácias do Brasil mais que triplicou no último ano. Segundo o documento, as unidades vendidas saltaram de 50.366 em 2021 para 170.263 no ano passado.
A venda de cannabis nas drogarias passou a ser legal no final de 2019, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma resolução que passou a valer no ano seguinte.
Desde então, a agência vem constantemente aprovando novos produtos para a comercialização nas farmácias, que são comercializadas mediante as receitas azuis ou amarelas. Até agora, são mais de 25 produtos aprovados.
A pesquisa foi feita pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria dos Produtos Farmacêuticos) a pedido da Agência Einstein e mostrou que, em apenas três anos, o número de vendas cresceu 27 vezes no Brasil.
Mas o número de pacientes pode ser ainda maior, quando juntamos aqueles que fazem importações individuais de produtos derivados da cannabis. Em sete anos da legislação, o número de autorizações emitidas pela Anvisa saltou de 850 em 2015 para quase 80 mil no final de 2022.
A pesquisa não levou em consideração o fornecimento da cannabis por associações e ONGs, que também representam uma parte importante de pacientes que fazem o uso da cannabis medicinal no Brasil.
E nem de pacientes que conquistaram o direito de cultivar a cannabis em casa para produzir o próprio remédio em ações judiciais.
O único medicamento feito com cannabis efetivamente aprovado pela Anvisa para a venda nas drogarias é o Mevatyl, que serve para tratar esclerose múltipla. Os demais produtos nas prateleiras entraram em uma categoria própria.
Em geral, não há uma diferença significativa entre os remédios e os produtos. Tecnicamente os chamados “produtos de cannabis” só não são medicamentos por falta de mais testes clínicos.
Eles não precisam de um registro, mas apenas a autorização do órgão para serem vendidos. Por outro lado, têm uma validade de cinco anos. Passado esse tempo, eles só poderão ser renovados se forem transformados em remédios.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta com um médico prescritor, passando pelo processo de importação do produto até o acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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