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Saúde e Ciência

Como funciona o processo de antienvelhecimento da cannabis



17/02/2021



Já ouviu falar de cremes rejuvenescedores feitos com a planta? Se sim, você já desconfiou se realmente funciona? Entenda

Talvez você já tenha descoberto que a planta pode ser de grande ajuda no tratamento da pele. Tanto que as suas propriedades já estão presentes em cosméticos para o corpo e o rosto de várias marcas.

A própria Avon, por exemplo, lançou uma linha skincare à base de cannabis no ano passado.

Depois de hidratantes, máscaras e adesivos, outra grande aposta do mercado, são os cremes antienvelhecimento, que também estão crescendo na indústria de cosméticos canábicos.

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Mas será que eles realmente funcionam?

Para entender melhor como acontece, é preciso entender como a cannabis age no organismo.

Ela funciona através do Sistema Endocanabinoide, um sistema presente nos humanos e na maioria dos animais.

Ele ajuda a manter o equilíbrio de várias funções do corpo a nível celular. Se uma pessoa está com febre, por exemplo, o sistema produz os chamados canabinoides, que através de receptores, ajudam a restaurar a temperatura do corpo.    

A cannabis também produz canabinoides, que quando ingerimos, podem agir da mesma forma que os nossos.

Mas qual a relação com a atividade antienvelhecimento?

Os receptores do sistema endocanabinoide estão presentes em praticamente todas as partes do corpo, inclusive na pele e nos tecidos não neurais.

Nestas áreas, um dos receptores chamados CB2, tem a função principal de controlar as inflamações.

É aí que entra a planta. O canabidiol (CBD), por exemplo, um dos canabinoides mais conhecidos da cannabis, tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que podem influenciar estes receptores.

A cannabis estimula o receptor a liberar beta-endorfina, que é responsável pela manutenção do tecido da pele.

Consequentemente, o processo resulta em uma ação imunomoduladora, que diminui a inflamação e sinais da pele, como linhas de expressão e rugas.

Os canabinoides também ajudam no combate aos radicais livres, que também contribuem para o processo de envelhecimento.

CBG

Apesar do CBD ser a “principal estrela” da cannabis, a planta também possui mais dezenas de canabinoides, que podem ser úteis em problemas diferentes.

O tetra-tetraidrocanabinol (THC), por exemplo, apesar de causar os efeitos psicotrópicos da maconha, também é eficiente para dores, e muito mais indicado em casos como esclerose múltipla e Alzheimer.

Mas outra molécula que tem chamado a atenção da indústria farmacêutica é o cannabigerol (CBG).

Ele faz parte dos canabinoides menores, e aparece quando a planta ainda é jovem, depois se transforma em CBD e THC.

A sua ação peculiar na pele tem chamado atenção da indústria de cosméticos. Tanto que uma empresa dos Estados Unidos lançou um óleo de cannabigerol com 98% de pureza.

Segundo a empresa, além do combate ao envelhecimento, ele serve para tratar psoríase, dermatite, acne, atópica e coceiras.  

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.