O lutador profissional afirmou ter sofrido fortes efeitos colaterais após ingerir a cannabis da forma inadequada. A situação serve como alerta para muitos pacientes.
O brasileiro Johnny Walker, integrante da categoria meio pesados do UFC (Ultimate Fighting Championship), revelou que sofreu prejuízos após ingerir compostos de maconha de maneira incorreta, com doses acima do recomendado.
O lutador afirmou que o principal responsável pelas cinco últimas derrotas na competição, sendo a última delas um marcante nocaute sofrido contra o norte-americano Jamahal Hill, foi o uso de produtos canábicos de forma indevida.
O atleta consumiu os canabinoides CBD (Canabidiol) e THC (Tetrahidrocanabinol) por cerca de três anos, com o objetivo de auxiliar na sua recuperação e desempenho esportivo.
“Não é nada contra o CBD, mas meu cérebro não reage bem, talvez eu tenha uma hiperatividade. O Canabidiol deveria me acalmar, mas o THC me fu***. Eu fico paranoico, não confio em ninguém, eu me atraso para os treinos, fu*** minha vida. Eu estava me drogando nos últimos anos e não tinha percebido”, afirmou Johnny em uma coletiva de imprensa.
A situação enfrentada pelo lutador evidencia uma questão fundamental para o sucesso dos tratamentos com a cannabis: a importância de seguir a receita médica.
Veja também: Estrela do UFC fuma maconha em frente ao representante do antidoping
Foto: Zeca Azevedo
A recuperação pós luta foi um dos motivos que levaram o Johnny a utilizar os compostos da maconha. Acreditando em uma melhora mais rápida, o esportista resolveu aumentar a dose da medicação.
“Eu descobri após a luta do Thiago [Marreta] quando quebrei o pé, doía muito, eu estava tomando CBD, vi que funcionaria, tomei sete comprimidos, deveria ser só um”, afirmou na entrevista.
A alta dosagem ocasionou uma série de outros problemas, que culminou no drama citado pelo atleta.
“Aí fiquei fu***, minha namorada teve que cuidar de mim como um bebê, não queria ficar sozinho, tive pesadelos malucos. Depois de três dias eu voltei ao normal e percebi que era isso. É uma outra dimensão”, concluiu.
Entenda: Cannabis no tratamento de dores crônicas
O uso da cannabis para tratar diversas condições só é possível através de acompanhamento médico, que envolve consulta, titulação da dose e acompanhamento do quadro clínico do paciente.
Apesar de ser uma substância natural e que não causa tantas complicações, o uso da planta precisa sim ser responsável e seguido a partir do que falam os especialistas.
O consumo indevido pode potencializar os efeitos colaterais e impedir o sucesso do tratamento, o que, além de prejudicar os usuários, descredibiliza uma terapia em ascensão e que tem total condição de ajudar muitas pessoas.
É importante ressaltar que só há regulamentação para o uso medicinal no Brasil. Contudo, qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que inclusive, poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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