Cannalize está patrocinando um time de várzea

Cannalize está patrocinando um time de várzea

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Com direito a logo do portal no centro e nas mangas do uniforme, a Cannalize encontrou no Improviso FC uma maneira de levar a informação dos benefícios da cannabis para ainda mais pessoas. 

A Cannalize começou, em março deste ano, a patrocinar um time (o Improviso FC), de futebol da várzea. A equipe tem sede no bairro de Perus, Zona Noroeste da cidade de São Paulo. 

O Improviso FC, fundado em 2013, é um time de amigos que se reuniam durante a semana para jogar em uma quadra no bairro paulistano. Dessa “pelada” despretensiosa surgiu uma equipe que, nove anos depois, disputa campeonatos até em outras cidades. Mas a caminhada não foi fácil. 

 

A comunicação na periferia 

Nathan Candido, CEO da Cannalize, é de Perus, bairro de onde vem o Improviso. Ele tem um contato forte com os jogadores do time. 

Por isso, pensou em unir a importância da várzea para as periferias com a necessidade de falar sobre os benefícios da maconha para mais gente, sair da bolha mesmo. 

A comunicação sobre o mundo da cannabis dentro das comunidades ainda é muito ligada com o que as pessoas veem na televisão e nas ruas. Existe uma discussão social muito profunda sobre a cannabis: a discriminação, a falta de oportunidades e a luta de classes no Brasil. 

“A cannabis é vista hoje na periferia de forma muito distorcida, muito por conta de uma realidade que está incutida no dia a dia daquela população. Uma realidade que tem a ver com tráfico, mortes, sangue”. Diz o CEO da Cannalize.

Ele completou afirmando que há ainda a visão de que a maconha é um produto usado por pessoas que estão envolvidas com o tráfico de drogas, dependentes químicos, pessoas que não trabalham. 

Por que a Cannalize patrocina um time de várzea?

Nathan percebeu que a maioria dos acessos ao site vinham de aparelhos da Apple, e que no Brasil os aparelhos Android são maioria esmagadora entre a população.

Por conta disso, teve a percepção de que, além dos tratamentos, as informações sobre cannabis também eram inacessíveis.  

Levando em consideração todas essas circunstâncias, a Cannalize decidiu patrocinar o Improviso FC, pois o futebol dialoga de um jeito muito direto com as pessoas da periferia. 

Assim, é capaz de mostrar a todos os benefícios que os tratamentos com cannabis têm proporcionado para tanta gente. 

“Quando a gente fala de periferia, a gente fala muito forte no Brasil dos times de várzea, do futebol amador. Então, o objetivo é democratizar a informação, levando conteúdo para dentro das comunidades”, disse o CEO. 

E o Improviso FC?

O patrocínio da Cannalize ao Improviso FC deve beneficiar a ambos.

O portal, pelos motivos expostos, ampliando o espaço para disseminar a informação sobre o uso medicinal da cannabis. 

E o Improviso FC, por ter um patrocinador tão emblemático e inovador estampado em sua camiseta. 

“Na quebrada, os patrocinadores costumam ser o mercadinho do Seu Zé, a padaria da Maria, a mecânica de fulano. Com a Cannalize, a gente abriu um leque. É uma empresa que tem nível nacional, uma empresa de um ramo totalmente diferente”, comentou Yslan da Silva, capitão da equipe, sobre a parceria com a página. 

Além disso, a Cannalize trará visibilidade não só para o time, mas também para o futebol de várzea como um todo. 

“Somos muito gratos à Cannalize por ter nos ajudado não só com visibilidade, mas também com mais itens para o time (uniformes)”, completou o capitão.   

A intenção é democratizar o acesso à informação sobre cannabis no Brasil e dar visibilidade à periferia e à várzea. 

O começo de tudo

Em 2013, um grupo de amigos, do bairro de Perus, em São Paulo, decidiu que o futebol sem compromisso de toda semana deveria se tornar algo maior que isso. E foi assim que o Improviso FC nasceu. 

No começo as coisas eram bem complicadas. Uniformes simples, perrengue com a condução, a vida na periferia. Yslan comentou sobre o começo e as dificuldades: 

“A história é sempre de luta, nunca tivemos apoio de grandes patrocinadores, é muito difícil. No começo, eu lembro, nós não tínhamos muitas conduções e condições. Muitos jogadores eram novos, não tinham carro, era bem complicado ir para os jogos. Chegar ao local dos jogos era um grande desafio”. 

O símbolo do time é um rinoceronte, pois, segundo o capitão, é um animal que representa a força, a persistência e a união.

Jogar na várzea

Existe uma dificuldade muito grande em competir na várzea, pois muitos jogadores são pagos para jogar. Há também ex-jogadores profissionais que participam, ou seja, disputar esses campeonatos é um desafio e tanto.

Porém, mesmo com todas as adversidades, poder se reunir com os amigos e jogar uma bola vale muito, é um momento de lazer.

“A várzea para mim é isso, é ter um momento de lazer. Na periferia, o lazer já é tão escasso, e se encontrar com os amigos no campo é algo muito gratificante. Só que tentamos levar esse lazer mais a sério, com uniforme, organização”, comentou Yslan.

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