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Responsável por atingir cerca de 33% dos brasileiros com mais de 85 anos, a Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que acomete as funções cognitivas e compromete a memória e as atividades diárias, sobretudo em pessoas idosas. Essa doença é fatal e ainda não tem cura.
Como os estudos sobre cannabis medicinal estão mais avançados na neurologia, existe uma expectativa de que a terapêutica possa ser positiva para a doença. Mas antes de entender a ligação entre cannabis e o quadro de saúde, é necessário compreender como ele se manifesta.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Alzheimer é um transtorno progressivo que acontece quando a “fabricação” de algumas proteínas do Sistema Nervoso Central começa a falhar. A partir disso, surgem partículas tóxicas nos neurônios, e consequentemente no processamento das informações.
“Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como no hipocampo, que controla a memória; no córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio.
Os impactos também se dão na incapacidade de reconhecer estímulos sensoriais e pensamentos abstratos.”
Atualmente, o Ministério da Saúde e o SUS classificam o transtorno em quatro graus que vão se intensificando no decorrer do tempo. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e sequer podem ser sentidos por algumas delas, mas alguns são bem comuns:
Estágio 1: alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais.
Estágio 2: dificuldades para se comunicar e realizar tarefas do cotidiano, bem como coordenar todos os movimentos. Agitação em regiões motoras e insônia também podem ser sentidas.
Estágio 3: resistência às tarefas diárias, dificuldade para se alimentar por conta própria e descontrole urinário e fecal.
Estágio 4: também chamado de fase terminal, caracteriza a perda completa da locomoção, o mutismo e a presença de infecções que podem levar ao óbito.
Segundo a Alzheimer’s Association, apesar de não haverem tratamentos que impeçam o progresso da síndrome, existem medicamentos no mercado capazes de tratar os sintomas.
Um dos fármacos oferecidos gratuitamente pelo SUS é o adesivo transdérmico Rivastigmina, que deve ser prescrito por um médico.
A aplicação de canabinoides em pacientes com Alzheimer ainda não tem eficácia comprovada. Contudo, a neurologia é a área da saúde com mais estudos envolvendo a terapêutica.
Inclusive, resultados semelhantes em patologias neurais como epilepsia refratária, espasticidade e esclerose múltipla nos leva a crer que os sintomas do transtorno também podem ser reduzidos.
Evidências publicadas na revista científica “ScienceDirect” apontaram que as propriedades neuroprotetoras da cannabis podem ser benéficas para o cérebro de pessoas com idade mais avançada.
O canabidiol (CBD), associado a diversos efeitos medicinais por sua ação analgésica e anti-inflamatória, é o componente da planta que os pesquisadores colocam mais esperança para tratar a Doença de Alzheimer.
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No Brasil, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) apontou que o óleo de cannabis, que possui essencialmente o CBD, conseguiu reduzir os impactos da doença em um idoso do Paraná. Parte dos dados causados à memória também foram revertidos.
Com isso, a instituição decidiu fazer, em 2022, um estudo com mais 28 pacientes portadores de Alzheimer. Os resultados ainda não foram divulgados oficialmente, mas os responsáveis relataram que um grupo recebeu o óleo, e outro, um placebo.
Os indivíduos do grupo tratado com cannabis ficaram estáveis em relação à progressão dos sintomas.
Mais dois estudos podem ser citados: o primeiro deles divulgado pela China Medical University, que analisou o efeito do canabidiol no hipocampo de camundongos e concluiu que a regeneração natural de seus neurônios aumentou.
Já uma pesquisa de 2011, avaliou pacientes com Alzheimer que receberam 1,5 gramas de tetrahidrocanabinol (THC) duas vezes ao dia, durante quatro dias. Houve melhora na mobilidade e não foram constatados efeitos colaterais após a aplicação.
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Depois disso, é possível importar os produtos prescritos ou comprá-los em farmácias nacionais. Porém, para a segunda possibilidade são menos opções de produtos e formas farmacêuticas.
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