Com um número de pacientes que cresce ano a ano, só até outubro o Brasil importou 13 bilhões de dólares em produtos derivados da cannabis.
Produtos à base da planta não são baratos. Dependendo da marca e da concentração, um frasco de 30ml pode variar de R$300 a R$3 mil, isso sem contar o frete.
Mesmo assim, pacientes brasileiros compraram cerca de US$13 milhões em óleos só até outubro deste ano. Dois milhões a mais que no mesmo período de 2020 e quase cinco milhões que em 2019.O número é o maior da história até agora.
Embora boa parte destes produtos venham dos Estados Unidos e do Reino Unido, mais de um terço dos medicamentos à base de cannabis importados pelo Brasil são de origem indiana. O que neste ano, rendeu um total de US$4,6 milhões.
As informações são do Jornal Metrópolis.
Crescimento da importação
Em seis anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou um total de 249 formulações diferentes para mais de 20 mil pacientes. Segundo o órgão, o aumento foi de aproximadamente 2.400% desde 2015, quando a importação foi regularizada.
Tanto é que em julho, a Anvisa até decidiu prorrogar o prazo de aprovação de 7 dias para 20 por causa da alta demanda. Sem contar na força-tarefa criada em abril para agilizar o processo de liberação nos aeroportos por causa da pandemia de COVID-19.
Por causa da alta demanda, no começo de outubro, a agência também publicou uma nova resolução sobre a importação de produtos à base de cannabis para otimizar as importações.
A nova RDC 570/21 altera a resolução 335/20, que regulamenta a importação de produtos feitos com cannabis, simplificando as análises dos produtos e levando em consideração apenas a sua procedência.