De acordo com um levantamento, as dores e a saúde mental estão no topo do ranking de condições tratadas com a cannabis
Segundo uma pesquisa feita pelo Cannabis & Saúde, a dor crônica é a principal condição tratada com a cannabis no Brasil. 35,5% dos pacientes utilizam o extrato da planta para tratar desde fibromialgia a artrose.
Dores oncológicas, artrite, lombalgia e até enxaqueca também entram na lista de dores tratadas pelos brasileiros com a cannabis.
O levantamento ainda mostrou que a saúde mental também está no ranking de patologias tratadas, com um terço dos pacientes, que utilizam para tratar problemas como ansiedade, insônia, estresse, depressão, TEPT (Transtorno Pós-Traumático) e Burnout.
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Pouco mais de 10% ainda utilizam para doenças neurológicas, outros 6% para transtornos de neurodesenvolvimento e menos de 5% para convulsões.
A idade dos pacientes também é bastante diversa, variando de 2 a mais de 70 anos.
Segundo a pesquisa, pessoas com 55 a 64 anos são os principais consumidores dos produtos de cannabis, que pode ser justificado principalmente por doenças comuns nessa faixa etária, como dores crônicas, ansiedade e artrite.
Pouco mais de 20% dos pacientes disseram que fizeram a consulta através do plano de saúde. Mas a maioria dos entrevistados ainda se consultam de forma particular, pagando valores que variam de menos de R$200 a mais de R$800.
Em relação aos custos do tratamento, os gastos são bem variados. 49% investem de R$201 a R$500 ao mês, enquanto 26% gastam entre R$300 a R$500 e 23% precisam desembolsar entre R$200 a R$300 mensalmente.
Somente 19% disseram que o teto dos seus gastos com a cannabis é de R$200.
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A maioria dos entrevistados ainda considerou o preço dos produtos o principal desafio da cannabis no Brasil
Ainda assim, a pesquisa ainda chamou atenção pelo alto nível de satisfação dos pacientes com o tratamento canábico: 42% afirmaram estar extremamente satisfeitos e 42,6% satisfeitos, enquanto 9,7% se disseram neutros.
Somente 3,3% responderam insatisfação e 1,5% declararam estar extremamente insatisfeitos.
A importação ainda é a principal escolha dos brasileiros, 65,6% responderam que preferem importar os produtos à base de cannabis. Já 23,9% ainda preferem adquirir via associação, 5,5% através das farmácias e 4,9% fazem autocultivo.
Já a forma de administração mais usada ainda é o óleo de cannabis, com quase 90% dos pacientes preferindo essa opção. Outros 7,2% ainda se tratam com tinturas, 4,7% fazem o uso tópico, quase 2% utilizam cápsulas e 2% preferem gummies.
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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