Alberto Sampaio Gressler, 25 anos, é um estudante de medicina brasileiro que foi preso na Indonésia no final do mês passado por porte de cannabis. O país asiático tem leis severas com relação à narcóticos.
A Indonésia está na lista dos países com as leis de drogas mais rígidas do mundo. Pessoas presas por tráfico podem ser condenadas à morte por fuzilamento, o que é amplamente aceito na sociedade do país, e pode ser aplicado a qualquer pessoa presa com mais de cinco gramas de qualquer substância.
Foi o caso do jovem brasileiro Alberto Sampaio Gressler, 25 anos, que foi preso no aeroporto de Bali, na Indonésia, no último dia 28. De acordo com o site Indonesia Expat, os agentes encontraram maconha na bolsa do estudante de medicina.
Ainda segundo a imprensa, dentro da bagagem do menino havia quatro pacotes com “folhas e sementes”. As autoridades disseram ao jornal indonésio que o peso total era de 9,1 gramas.
O jovem embarcou em um voo da AirAsia de Kuala Lumpur. Ele foi preso na chegada ao aeroporto de Ngurah Rai em Bali depois que um raio-X detectou os pacotes suspeitos em sua bagagem.
Os pacotes foram rotulados como “Super Mao” (alto teor de THC). O estudante alegou que trouxe a cannabis da Tailândia.
O vice-comissário do Departamento de Imigração da Tailândia, Pol Maj-Gen Archayon Kraithong, disse que a prisão do brasileiro serve de alerta aos turistas que, embora a cannabis com teor de Tetrahidrocanabinol (THC) inferior a 0,25 tenha sido descriminalizado em território tailandês, queiram viajar para outros lugares.
A família do jovem alega que Alberto tem receita médica para uso de cannabis e comprou legalmente o total de 2,8 gramas na Tailândia. Ainda de acordo com familiares, o estudante é sócio da associação Abrace Esperança e usa a planta para lidar com ansiedade, depressão e TDAH.
“A imprensa indonésia levou em consideração o valor bruto, não o valor líquido, das embalagens compradas legalmente na Tailândia. Em seu depoimento, prestado na imigração, a polícia deixou claro que o valor líquido das plantas era de 2,8 gramas”, disse o cunhado do estudante, Antônio Rocha Lemes, ao Uol.
Segundo Antônio, o jovem não tinha conhecimento das leis do país. “Ele não sabia. Isso é um remédio”, acrescentou. O Itamaraty foi contatado pela família e o consulado brasileiro na Indonésia disponibilizou um advogado para o jovem.
Desde o dia 28, Alberto está detido no aeroporto. Ele ainda está preso na imigração. A secretaria consular afirmou que a situação do local é muito precária, que ele não tinha nem colchão para dormir, o advogado precisou comprar um, além de algumas peças de roupa.
Todos os pertences de Alberto foram confiscados, inclusive dinheiro.
Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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