Biotech brasileira e empresa colombiana firmam parceria para entrar no mercado de cannabis no Brasil

Biotech brasileira e empresa colombiana firmam parceria para entrar no mercado de cannabis no Brasil

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

O acordo não será apenas para a importação de remédios, mas também de insumos para a fabricação de um medicamento mais barato no Brasil.

Ao que tudo indica, teremos mais um medicamento brasileiro à base de cannabis nas farmácias.

Nesta semana, a startup Entourage Phytolab fechou uma parceria com a empresa colombiana Clever Leaves para a importação de produtos à base de cannabis, além de  insumos para a fabricação de medicamentos.

O primeiro investimento, de mais de 11 milhões de dólares, será voltado para a importação de remédios que serão vendidos aqui no Brasil. Segundo a empresa, os medicamentos já estarão disponíveis este mês.

Mas ainda neste trimestre a biotech também fará a importação de insumos para a fabricação de medicamentos brasileiros com a sua própria composição.

Segundo o CEO da empresa, Caio Santos Abreu, em outra ocasião, a startup desenvolveu uma fórmula que torna o produto mais barato e consequentemente, mais acessível.

Atualmente só há um produto nas farmácias, mas o preço é superior a dois salários mínimos.

“Este acordo expande a presença da Clever Leaves em um dos maiores mercados da América do Sul, à medida que continuamos a estabelecer parcerias comerciais formidáveis em todo o mundo”, diz Andrés Fajardo, presidente da Clever Leaves.

Concorrência

Apesar da proibição da maconha no país, remédios à base da planta são permitidos por lei. Desde 2015 a importação foi regulamentada com uma série de requisitos, como possuir uma autorização excepcional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo.

No final de 2019, outra resolução sobre o tema também foi aprovada no país, o que facilitou um pouco mais o acesso aos fitofármacos.

A resolução 327/19 autorizou o uso não apenas de remédios, mas também de produtos à base da planta, que possuem regras menos rígidas de controle.

Além disso, a resolução também autorizou a fabricação no país com insumos importados e a venda do produto nas farmácias.

Foi assim que o primeiro óleo de cannabis da Prati-Donaduzzi chegou às farmácias em abril do ano passado.

Em outras ocasiões, a biotech Entourage Phytolab já mostrou interesse em colocar os seus produtos nas farmácias.

Agora, caso a startup consiga as autorizações necessárias, pretende concorrer com a farmacêutica, assim como a variedade de produtos importados.

Remédio à base de cannabis

Apesar da autorização de produtos à base da planta, tanto a Entourage Phytolab quanto a Prati-Donaduzzi não desistiram de lançar remédios à base de cannabis também.

A startup, por exemplo, já apresentou os resultados da fase 1 dos testes do seu futuro remédio, que segundo eles, pode baratear os remédios em até 60%.

Mesmo com um produto nas farmácias, a gigante farmacêutica também está realizando estudos para a formulação do medicamento.

Segundo a assessoria, os pesquisadores já estão realizando testes clínicos para a fabricação do Myalo, remédio anunciado desde 2018 pela empresa para tratar epilepsia refratária.

Tags:

Artigos relacionados

Relacionadas