A lei 11.343/06, conhecida por todos nós como a lei de drogas, em seu segundo artigo, menciona que segue em seus parágrafos o que determina a Convenção de Viena de 1971, que foi convocada para frear a contracultura influenciada por bandas de sucesso mundial como os Beatles e também pelo estrondoso festival de Woodstoock de 1969.
Essa convenção estabeleceu um sistema de controle internacional para substâncias psicotrópicas do qual a planta maconha faz parte.
Em nosso país o uso medicinal da erva é totalmente legal e regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa emite autorizações de uso e importação de produtos à base de cannabis a pacientes com prescrição médica.
O já anteriormente citado 2º artigo da lei 11.343/06 determina o seguinte:
Veja que o artigo diz que fica ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar.
O atual órgão regulamentador da maconha em nosso país é a Anvisa, então se você possui uma autorização do órgão regulamentador bem como determinar o 2º artigo da lei de drogas você está precavido da aplicação dos artigos da referida lei.
É importante ressaltar que além da autorização regulamentar, outros fatores são levados em conta para a leitura de situações envolvendo a erva e pacientes medicinais como por exemplo flagrante de cultivo.
O entendimento do que está sendo imputado a você alinhado a uma boa compreensão da atual legislação proibicionista pode garantir direitos.
Muitas vezes pequenos detalhes que passam despercebidos podem causar grandes impactos quanto a aplicação da lei que proíbe a maconha.
O Brasil é um país totalmente proibicionista do qual sua legislação foi se moldando conforme determina tratados internacionais de cooperação, conhecendo esses tratados e sua aplicação a nossa legislação saberemos nos manter bem em meio a forte proibição.
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
Maria Gabriella - GabiiWeed
Jornalista, paciente medicinal e ativista planta livre. Fundadora do GabiiWeed falo sobre racismo no meio canábico, lei sobre drogas e maconha na periferia.
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