A Ascamed perdeu da noite para o dia todas as plantas, insumos e produtos. A entidade aguardava um aval da justiça para cultivar
Operação da PF deixa 900 pacientes sem cannabis medicinal
No dia 14 deste mês, a Ascamed (Associação Canábica Medicinal de Santa Maria) teve todas as plantas e remédios apreendidos pela Polícia Federal. Agora, a entidade precisa contar com outras associações para poder atender os mais de 900 pacientes associados.
A associação já havia entrado na justiça em julho de 2023 para obter uma autorização de cultivo coletivo e aguardava uma liminar da justiça. Mesmo com um parecer favorável do Ministério Público, o aval ainda não chegou, o que fez a PF confiscar todo o trabalho conquistado até hoje.
Ao todo, a associação perdeu 480 mudas, 422 plantas, cinco quilos de matéria-prima, além de todo o estoque de óleos prontos para atender aos pacientes. A justificativa foi a de que a entidade não possuía a autorização para produzir os produtos.
De acordo com a diretora social da associação, Júlia Silvester, agora, o foco é tentar reestruturar a associação novamente. “Trabalhamos atualmente com foco em divulgar nossa vakinha pra tentar nos reerguermos e também tranquilizando os associados”, disse.
A ação foi uma surpresa para todos. Tanto, que no dia da apreensão, não havia ninguém na sede, apenas um colaborador. “Ficamos sabendo da mesma forma que todos, através de notícias.”, Acrescenta.
No último dia 14, a Polícia Federal invadiu a Ascamed e começou a recolher tudo. A operação terminou por volta das 10:00, mas às 09:11 já estavam circulando as informações e notícias do ocorrido. E foi assim que os colaboradores descobriram.
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“Na verdade ficamos surpresos com a ação da polícia e mandado de busca e apreensão, pois não havia nenhuma investigação de meses, simplesmente chegaram e fizeram a busca”, disse Silvester.
No último domingo, a entidade realizou uma manifestação no Parque Itaimbé, em Santa Maria. A ideia era chamar a atenção das pessoas para o que tinha acontecido e pedir ajuda para reerguer a associação por meio de uma vaquinha on-line.
“Logicamente ficamos arrasados, sem norte, sem compreender o que aconteceria e imaginando que tudo tinha acabado. Com calma nos recompomos e voltamos a racionalizar, achando formas para seguir.”
Mesmo após o ocorrido, a associação ainda espera uma resposta ao pedido de cultivo coletivo.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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