Projeto que visa a implementação do comércio da cannabis para fins recreativos avança na Alemanha. O novo mercado promete gerar lucros bilionários para o país.
A Alemanha deu um grande passo rumo a mais um processo de legalização da cannabis. Na última segunda-feira (13), o Ministério da Saúde local informou que obteve avanços para liberar a venda da erva para fins recreativos.
A próxima etapa já está sendo colocada em prática. Hoje (14), o órgão público começou a realizar audiências com mais de 200 especialistas, das esferas políticas, médicas e jurídicas.
A expectativa é de que o país legalize o mercado ainda neste ano.
Planejamento
O plano das autoridades locais é fazer ao menos cinco audiências até o final de junho, para definir uma base estratégica visando a legalidade da erva.
Algumas medidas serão analisadas, como o padrão de qualidade da maconha, o processo de comercialização e a saúde dos jovens e dos consumidores do composto em geral.
Esses resultados irão definir alguns processos que ainda não estão esclarecidos, como em quais locais a planta será vendida, se terá alguma restrição ou algum limite para a quantidade de Tetrahidrocanabinol (THC).
Promessas
Em dezembro do ano passado, após um acordo de coalizão feito entre os partidos políticos do país, o governo alemão prometeu uma série de reformas. Uma delas, a legalização do comércio controlado de cannabis para o uso adulto.
Já em maio deste ano, Karl Lauterbach, ministro da saúde da Alemanha, anunciou que pretendia criar um projeto voltado ao assunto, com andamento para o segundo semestre de 2022.
Novo momento
Recentemente, houve uma quebra de expectativas na Alemanha sobre a implementação do comércio.
Isso porque, devido ao aumento das internações ocasionadas pela pandemia da COVID-19 e a guerra travada entre Rússia e Ucrânia, os avanços envolvendo a maconha foram freados.
Agora, após superar alguns entraves, o assunto voltou a ser discutido no país e pode estar perto de um desfecho positivo.
Cenário atual
A Alemanha legalizou a cannabis para o uso medicinal em 2017. Consequentemente, o comércio para fins médicos também. Tanto que o país é o principal mercado do âmbito na Europa.
Entretanto, apesar das medidas, o setor medicinal da cannabis ainda passa por dificuldades no país, devido a relutância do governo e de convênios em custear os tratamentos.
Essa situação gera controvérsias no país. Os médicos, por exemplo, precisam pagar a conta dos medicamentos que prescrevem, já que há pouco auxílio dos órgãos públicos.
