Na tentativa de corrigir alguns erros causados pela guerra às drogas, o ex-astro da NBA, Al Harrington, tem o objetivo de criar “100 milhonários negros de cannabis”, mesmo com uma empresa canábica a todo vapor.
Em homenagem a sua avó, ele criou um negócio em 2012 chamado Viola. Só no ano passado, a empresa gerou cerca de US$20 milhões (R$95,34 milhões) em receita.
Contudo, ele é uma exceção. A indústria, que lucra US$25 bilhões nos Estados Unidos, tem apenas 2% de proprietários negros.
“Isso é um problema. Como pode [o policiamento] dessa droga ter feito tanto mal em nossas comunidades e agora é uma indústria multibilionária e não apenas não estamos em condições de participar, mas ainda estamos presos por causa disso?” diz Harrington à Forbes.
Em entrevista ao portal, o ex-NBA de 42 anos contou como era a sua experiência na infância, quando a maconha ainda era ilegal nos Estados Unidos.
Uma criança negra da periferia, ele diz como era a violência policial decorrente do proibicionismo da maconha.
“O tempo todo, a polícia parava, três ou quatro carros, e eles saltavam, com as armas nas mãos: ‘Todo mundo contra a parede!’ Era assustador – não saber se eles iam prender você.” relatou.
Por isso, ele resolveu fazer algo.
A Viola está avaliada em US$100 milhões, cerca de 476,7 milhões de reais. Só em janeiro ela já arrecadou US$13 milhões de investidores para a expansão em outros estados legalizados. No ano passado, conquistou até uma licença para vender no Canadá.
Harrington tem 40% das ações, mas o seu principal objetivo é ajudar negros e pardos a construir uma marca no setor da cannabis, que só cresce no país norte-americano.
“As oportunidades em nossas comunidades precisam ser nossas – ponto final”, diz Harrington à Forbes.
O programa de incubadora tem pouco mais de dois anos. Através da Viola, o ex-atleta já investiu cerca de US$700 mil em quatro empresas que já estão funcionando.
No acordo, Harrington recebe de 10% a 25% e em troca, ajuda com marketing e captação de recursos.
Fonte: Forbes
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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