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Cannabinologia

Por que os correios não podem entregar cannabis? 



12/06/2025


Categorizada como um remédio de controle especial, a cannabis medicinal não pode ser entregue pelos Correios

Por que os correios não podem entregar cannabis 

Por que os correios não podem entregar cannabis

Se você já precisou importar algum produto de cannabis, já deve ter percebido que a sua encomenda nunca veio através dos Correios, certo? Isso porque o órgão já deixou claro que não pode fazer esse tipo de entrega. 

Mas você já se perguntou o porquê isso acontece? Embora o órgão tenha um grande volume de entregas internacionais (cerca de 5 pacotes por segundo), há alguns produtos que são vetados pelo órgão. A cannabis medicinal, por exemplo, é uma delas. 

Mas há dois motivos pelos quais os Correios não fazem esse tipo de transporte. Entenda 

Exigência da Anvisa 

O primeiro é uma exigência da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O órgão autorizou a importação de cannabis pela primeira vez em 2015. Desde lá, os números de pessoas que compram os produtos só crescem. 

Para importar, é necessário ter uma autorização especial concedida pelo órgão, o que não parece ser um problema para os pacientes. Para se ter uma ideia, a Anvisa concedeu mais de 75 mil autorizações de importação só no primeiro semestre do ano passado.  

Leia também: Autorização de importação de produtos de cannabis em 5 passos 

Por outro lado, a resolução 660, que regulamentou a importação de produtos de cannabis para fins medicinais, classifica os produtos de cannabis como medicamentos sujeitos a controle especial, nos termos da Portaria 344 de 1998.

Dessa forma, não se pode enviar por transportadoras comuns, mas por empresas courier, ou seja, de entrega expressa.  

Normas dos próprios Correios 

O segundo motivo é que a cannabis está na lista de substâncias proibidas. De acordo com a Lei Postal 6.538/1978, nenhuma droga proibida por lei pode ser transportada pelos serviços dos Correios.  

Mas você deve estar se perguntando: Mas e a cannabis medicinal? E se o meu produto for somente um óleo de CBD (canabidiol)?  

Infelizmente a regra é a mesma. Por mais que os Correios tenham um serviço restrito para medicamentos controlados (como no caso da cannabis medicinal), os produtos ainda se encaixam como “substâncias psicotrópicas”.  

E nem tente enviar via Sedex. O seu óleo provavelmente será retido pela fiscalização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou pela Receita Federal. O que resultará em apreensão da mercadoria e notificação ao remetente. 

Em alguns casos, isso pode ser tratado como infração sanitária (mesmo com prescrição), pois viola normas de transporte de medicamentos controlados.  

A parte boa é que, na categoria de remédio, a cannabis não terá um imposto sobre a importação, como no caso de outros produtos importados.  

Como importar? 

Com tantas restrições, como faz para importar um produto de cannabis para fins medicinais? 

Com a receita médica e a autorização da Anvisa em mãos, é necessário contratar uma empresa que faça um serviço de entrega expressa. Por isso, a maioria dos pacientes que importam fazem isso através de importadoras que trabalham no Brasil, como a Cannect.  

O intuito da marca é cuidar de todos os trâmites legais para que o seu produto chegue na sua casa. 

Tudo o que você precisa fazer é apenas enviar os seus dados, como documento e comprovante de residência, autorização da Anvisa e a receita prescrita por um profissional habilitado. 

 Algumas empresas também fazem uma procuração para que você nem precise se preocupar com a Anvisa. 

Consulte um médico    

É possível comprar cannabis no Brasil, mas apenas para fins medicinais e com receita. Você pode adquirir através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.    

Por isso, caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas. Além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de compra do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui. 

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.