Com informações da NY Insider
A pauta canábica tem avançado nos Estados Unidos. A última notícia relevante da semana é que o Conselho de Controle de Cannabis de Nova York e o Escritório de Administração de Cannabis divulgaram projetos de regulamentação para o mercado de maconha do estado – e concederam dezenas de licenças para uso adulto.
Os regulamentos abrangem a regulamentação municipal, regras de equidade social e econômica, requisitos gerais de negócios, proibições e muito mais.
A regulamentação foi comemorada e os dispensários devem abrir em breve mas, apesar da boa notícia, alguns cidadãos estadunidenses não estão comemorando tanto assim, porque a permissão do uso da cannabis esbarra na Segunda Emenda, que trata da posse de armas para legítima defesa – um direito que muitos desses cidadãos valorizam muito.
“Este é um problema contínuo por causa da ilegalidade federal da cannabis, pois é uma substância da Lista 1”, disse Michelle Fields, advogada e conselheira do The Mary Jane Consulting Group e membro do conselho da New York City Cannabis Industry Association, à NY Cannabis Insider.
A “Lista 1” é uma relação de substâncias controladas a nível federal que considera a cannabis como uma droga com alto potencial de abuso. Também estão na lista substâncias como a heroína, o LSD e o ecstasy.
Só essa lista já é suficiente para atrapalhar a vida dos canabistas norte-americanos, mas o que aperta mais o calo é um memorando federal publicado em 2011, regulando álcool, tabaco, armas de fogo e explosivos.
“Qualquer pessoa que usa ou é viciada em maconha, independentemente de seu estado ter aprovado legislação autorizando o uso de maconha para fins medicinais, é um usuário ilegal ou viciado em uma substância controlada e é proibido por lei federal de possuir armas de fogo ou munição”, diz o memorando.
O dilema parte principalmente de militares aposentados e profissionais da lei que gostariam de tratar doenças com cannabis medicinal, mas não querem desistir de suas armas.
Segundo a NY Insider, a maioria dos estados norte-americanos compartilha dados de pacientes de cannabis medicinal com departamentos de polícia e agentes examinadores de solicitações de licença para o porte de armas, e isso já é suficiente para estes cidadãos desistirem de reivindicar os direitos.
“É injusto que a cannabis seja tratada, discriminada e avaliada quanto ao risco de uma maneira diferente de outras contrapartes no alívio da dor medicinal, como produtos farmacêuticos … e álcool”, disse Murray Powell, advogada e diretora de operações da organização sem fins lucrativos JUSTÜS Foundation, ouvida pela NY Insider.
Agora, deve partir dos governos estaduais a iniciativa de privar o acesso aos dados de pacientes de cannabis medicinal. Segundo a publicação, estados como Michigan, Missouri, Ohio, Oregon e Pensilvânia já tomaram essa medida.
A Dr. Cannabis, vertical de educação do Grupo Cannect, está participando da GreenWeek, oferecendo descontos de até 52% em cursos de formação para profissionais da saúde e público em geral, além empreendedores do mercado canábico. Aproveite! Os cursos são online. Inscreva-se agora.
Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
Lady Gaga volta ao Rio 8 anos após cancelar show por fibromialgia
Nova lei nos EUA pode facilitar adoção por pais que usam maconha
Pesquisadores anunciam novo canabinoide na cannabis
Brasil lidera produção científica sobre cannabis na América Latina
Reclassificação da cannabis avança com nova liderança nos EUA
Audiência pública na Alerj cobra cumprimento de lei
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso