Políticas de cannabis em esportes de combate são revisadas

Políticas de cannabis em esportes de combate são revisadas

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De acordo com um estudo, os atletas com testes positivos de THC não devem ser punidos da mesma maneira que atletas com testes positivo de drogas, que usam para melhorar o desempenho.

A Associação de Comissões de Boxe e Esportes Combativos (ABC) é a organização esportiva mais recente a repensar sobre suas políticas de cannabis.

De acordo com o site MMA Junkie, o comitê médico da ABC concordou que o uso de cannabis nos esportes de combate deve ser tratado como uma ofensa menor, comparada a outras substâncias proibidas.

A decisão vem cerca de dois meses após o Ultimate Fighting Championship (UFC) anunciar que os testes positivos de cannabis não geram mais multas e suspensões para os lutadores.

As novas diretrizes, relatadas pela primeira vez pela plataforma Mixed Martial Arts, incluem uma multa de US $ 100 para o primeiro teste de THC positivo de um atleta acima de 150 nanogramas por mililitro (ng/ml) de urina, o mesmo padrão aprovado pela Agência Mundial Antidopagem. 

Um segundo teste positivo acima do limite acarretará em outra multa de US $100, assim como o atleta arcará com os custos do teste, estimado em cerca de US $295.

Violações adicionais podem resultar no aumento de multas e inscrições em um programa de aconselhamento sobre drogas.

O conselho médico da ABC também declarou que “não recomenda ou apoia a anulação da vitória de um atleta se o atleta tiver teste positivo para THC, acima de 150 ng/ml, nem a suspensão deste atleta”.

Nos últimos 12 meses, pelo menos cinco lutadores da UFC foram suspensos após os testes positivos de cannabis. 

A Comissão Atlética do Estado de Nevada, em particular, não hesitou em suspender, multar e anular as vitórias dos lutadores que tiveram resultado positivo no teste de cannabis. 

“É aí que a questão continua, com as comissões atléticas”, disse Jeff Novitzky, vice-presidente sênior de saúde e desempenho do atleta do UFC, em outubro do ano passado.

 “Ao sancionar a maconha, realmente acho que estamos empurrando esses atletas para drogas que são ainda mais perigosas”, argumentou Novitzky.

Além disso, o comitê ABC declara que “o THC não é uma droga para melhorar o desempenho, é um supressor de desempenho, e os atletas com teste positivo para THC não devem ser punidos da mesma maneira que um atleta com teste positivo de drogas pesadas para melhorar o desempenho.”

Referências 

  • The Growth Op

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