Com uma visão opositora, a ministra alegou segundas intenções na proposta e disse que não vai se calar diante do tema.
Na semana passada, o Projeto de Lei 399/15 que visa aprovar o cultivo da cannabis medicinal e de cânhamo, foi encaminhado para o presidente da câmara, Rodrigo Maia. A PL tinha sido formulada em 2015, mas só agora foi para votação.
O Projeto de Lei quer aprovar o cultivo da cannabis medicinal no país, feito por associações e centros de pesquisa, assim como o plantio de cânhamo industrial, uma derivação da cannabis com baixo teor de tetra-tetraidrocanabinol (THC), substância que gera os efeitos alucinógenos da maconha.
A planta tem um alto teor de fibra que é usado na fabricação de papel, cordas, materiais de construção, e uma variedade de materiais de forma mais ecológica.
O projeto visa baratear os custos de produção de remédios à base de cannabis, que atualmente chegam a um preço de mais dois salários mínimos, por conta da importação de materiais ou o medicamento inteiro.
Oposição
No entanto, o projeto não foi visto com bons olhos pela ala mais conservadora do congresso.
Em uma live, a ministra Damares Alves atacou a PL . “Não é uso medicinal coisa nenhuma. Temos que cuidar das nossas crianças sem liberar a plantação no Brasil. Quero o melhor, mas que não seja a plantação em massa. Sei exatamente o que está por trás. Não é o uso medicinal’ comentou.
Até essa semana, Paulo Teixeira (PT-SP) já sofreu duras críticas no governo por conta do projeto. Principalmente da área abertamente contrária à cannabis medicinal, como Osmar Terra, que estava ao lado de Damares Alves quando ela se pronunciou.
A posição da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos não é nova, mas com o avanço da proposta, ela resolveu ser uma voz para uma campanha contrária. “Usem o meu nome, todos estão autorizados em usar o meu nome em imagens de cartaz, em panfleto, em vídeo. Não vou me silenciar. (…) contem comigo na luta”. Concluiu.
Informações obtidas da Veja.