Destas, quase 50 mil foram obrigadas a deixar o país por portar ou consumir maconha, segundo relatório
Com informações do Marijuana Moment
Meio milhão de imigrantes foram deportados dos Estados Unidos desde 2002 por crimes relacionados a drogas. Mais de 47 mil foram expulsas do país pelo porte ou consumo de maconha. Os dados são de um relatório da DPA (Aliança da Política de Drogas dos Estados Unidos), organização contrária à guerra às drogas.
De acordo com os dados, portar drogas para consumo pessoal foi o principal agravante de 156 mil cidadãos deportados.
Para coleta das informações, a DPA entrevistou 42 pessoas, incluindo imigrantes, familiares e advogados. Uma revisão aprofundada dos dados federais também foi realizada.
O relatório levou em conta que desde 1998 não houve revisão de nenhuma política migratória que avalia o envolvimento dos cidadãos com drogas. Para se ter uma ideia, mais de 260 mil pessoas foram deportadas entre 2002 e 2012 sendo possuir drogas a infração mais grave.
O consumo próprio foi constatado em um a cada quatro imigrantes.
A organização também sugeriu mudanças judiciais para acusações semelhantes. Averiguar os casos de consumo de drogas individualmente e com mais detalhes é a principal medida. Os estados também devem garantir que as reformas sobre substâncias ilícitas se apliquem da mesma forma aos imigrantes, de acordo com a entidade.
No país norte-americano, as políticas sobre a cannabis são de responsabilidade dos estados. Atualmente, 27 estados já legalizaram o uso adulto e 38 permitem apenas o consumo medicinal.
Em abril, o presidente Joe Biden reclassificou a maconha como uma substância de risco menor. Antes, a planta era classificada na lista I e estava ao lado de drogas como heroína e ecstasy.
No mês passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) votou para descriminalizar o consumo pessoal da maconha estabelecendo a quantidade de 40g para diferenciar usuário de traficante.
É importante destacar que descriminalizar não é o mesmo que legalizar, e por isso a maconha continua sendo ilegal. A diferença é que agora o usuário não responderá criminalmente, mas de forma administrativa.
Leia mais: 69% dos brasileiros são contra a descriminalização da maconha
Em linhas gerais, a cannabis é aprovada no Brasil apenas para fins medicinais, só podendo ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias brasileiras e até por associações.
Andrei Semensato
Jornalista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Produz conteúdos sobre Política, Saúde e Ciência. Também possui textos publicados nos blogs da Cannect e Dr. Cannabis.
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