O exame toxicológico feito no baterista encontrou a presença de algumas substâncias, como antidepressivos, opioides e THC, um composto derivado da erva.
A trágica morte de Taylor Hawkins, integrante do grupo Foo Fighters, chocou o mundo da música nos últimos dias.
O baterista foi encontrado morto na última sexta-feira (25), em um quarto de hotel, na cidade de Bogotá, Colômbia. Dois dias depois, a banda se apresentaria no Lollapalooza, um dos maiores eventos musicais do planeta.
A causa exata do falecimento ainda não foi divulgada, porém em um exame toxicológico, foi constatado a presença de 10 substâncias no corpo do artista, entre elas, antidepressivos, opioides e uma taxa de Tetrahidrocanabinol (THC).
A última, corresponde a um composto derivado da planta cannabis. Ou seja, havia maconha no organismo de Taylor.
Conversamos com o Renato Filev, advogado e coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas, que explicou sobre a ação da cannabis e de outros medicamentos neste caso.
Segundo ele, apesar dos canabinoides poderem impulsionar o efeito de outros remédios, isso não deve ter acontecido na morte em questão.
Renato, pontuou sobre a falta de detalhamento do exame apresentado:
“O THC é uma substância que, em geral, tende a permanecer no organismo por muitos dias, se o indivíduo fizer o consumo diário por algum tempo, pode ser detectado em mais de 100 dias. Não nos dá nenhum indício para precisar quando ele estava sob efeito, não conseguimos calcular o tempo de interação e nem quando ele ingeriu”.
O pesquisador, ainda disse que “só ter a droga no organismo não responde por uma overdose”.
Os remédios, geralmente, têm alguma interação farmacológica entre si. Isso pode fazer com que um potencialize o outro dentro do corpo humano.
Drogas depressoras, como benzodiazepínicos e opioides, podem causar uma agravamento severo, inclusive na respiração, ainda mais se forem associados com substâncias como o álcool.
A combinação desses fatores pode levar a um efeito depressor no sistema nervoso e, consequentemente, causar quadros de morte.
O cenário pode piorar se unir esses medicamentos com compostos canábicos, por exemplo, já que os canabinoides, em alguns casos, ajudam na potencialização dos efeitos.
Foto: Divulgação
São várias nesse caso. Além do motivo da morte não ter sido descoberto e nem o quanto as substâncias ingeridas pelo baterista fizeram parte disso, começam a surgir informações, que ainda não foram confirmadas.
A revista colombiana Semana, divulgou que o coração do artista estava pesando 600 gramas, o dobro do peso normal do órgão.
O aumento do coração, segundo a Clínica Mayo, dos Estados Unidos, pode ocorrer devido a outro problema dentro do corpo. Distúrbios como pressão alta e problemas em músculos cardíacos e nas válvulas, podem ser alguns dos motivos.
Essa alteração também pode acarretar em outras complicações, como insuficiência e parada cardíaca, sopro no coração, coágulos e até mesmo morte súbita.
No momento, essa informação não foi comprovada e nem esclarecida sobre a sua relação com o falecimento do Taylor Hawkins.
Gustavo Lentini
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por futebol e pela comunicação.
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